Trump cumpre promessa e perdoa invasores do Capitólio após tomar posse

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cumpriu sua promessa e emitiu nesta segunda-feira 20 um decreto presidencial em que perdoa uma série de pessoas acusadas de crimes relacionados à invasão do Capitólio. No total, cerca de 1.500 réus foram contemplados, segundo o jornal The New York Times.
Horas antes de assinar o decreto, Trump foi empossado presidente em uma cerimônia no Capitólio.

O agora ex-presidente Joe Biden e sua vice, Kamala Harris, que foi derrotada por Trump na eleição, participaram da solenidade. Foi uma postura diferente da de Trump em 2021, que se recusou a transmitir o cargo para Biden.

A posse de Trump ocorreu dentro do Capitólio por causa do frio intenso em Washington – ontem, os termômetros marcaram abaixo de zero na capital americana.

Trump repetiu ao longo de toda a sua campanha presidencial que perdoaria os insurgentes. Em 6 de janeiro de 2021, a multidão irrompeu na sede do Legislativo americano para impedir a certificação da vitória de Joe Biden. Estava insuflada por meses de declarações do republicano, segundo o qual as eleições haviam sido fraudadas.

Cerca de 1.500 pessoas foram acusadas de cometer crimes durante a invasão do Capitólio, incluindo invasão de propriedade, agressão a policiais e conspiração sediciosa. Ao menos 600 delas foram condenadas.

OUTROS DECRETOS

Donald Trump assinou nesta segunda-feira 20 a primeira leva dos cerca de 100 decretos esperados para o começo do governo.

De volta à Casa Branca, o republicano declarou emergência na fronteira, designou carteis de drogas como organizações terroristas, exigiu que servidores públicos retomem ao trabalho presencial, retirou os EUA do Acordo de Paris e da Organização Mundial da Saúde, além de perdoar 1,5 mil acusados pelo ataque ao Capitólio.

‘Eles precisam de nós mais do que precisamos deles’, diz Trump sobre Brasil

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira 20 que o Brasil e a América Latina precisam “mais dos EUA do que os EUA precisam deles”.

“A relação é excelente. Eles precisam de nós, muito mais do que nós precisamos deles. Todos precisam de nós”, respondeu Trump ao ser perguntado se iria falar com o presidente Lula e como seria a relação com o Brasil e com a América Latina.
A frase foi dita em resposta a uma pergunta da repórter da TV Globo Raquel Krahenbuhl feita quando Trump assinava os primeiros decretos do novo mandato no salão oval da Casa Branca. Mais cedo, o presidente Lula disse que torce por uma “gestão profícua” com Trump.

“Tem gente que fala que a eleição do Trump pode causar problema na democracia mundial. O Trump foi eleito para governar os EUA e eu, como presidente do Brasil, torço para que ele faça uma gestão profícua para que o povo americano melhore e para que os americanos continuem a ser histórico ao que é do Brasil”, disse Lula.

Lula disse que não quer briga com os Estados Unidos, assim como não quer briga com nenhum outro país. “Da nossa parte, não queremos briga. Nem com a Venezuela, nem com os americanos, nem com a China, nem com a Índia e nem com a Rússia.”

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