Styvenson: “Não sou bolsonarista. Não sou lulista. Consigo recursos nos dois governos”

O senador Styvenson Valentim (Podemos) frisou sua independência política e explicou como atua para captar recursos federais para obras e investimentos no Rio Grande do Norte. O parlamentar afirmou não possuir alinhamento político com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ou com o presidente Lula (PT) e que seu objetivo é conseguir benefícios para o Estado, principalmente nas áreas da saúde, educação e segurança pública.

“Não sou bolsonarista. Não me aliei com o Bolsonaro quando foi presidente. Não me aliei com o Lula presidente. Consigo os recursos nos dois governos. Consigo as emendas que não são PIX, mas RP9 eu não peguei. As vans que a gente comprou aqui foram todas com emenda ministerial, com recursos do próprio ministério do governo Lula”, disse, em entrevista à 96 FM.

Styvenson ressaltou a importância de fiscalizar as obras financiadas com esses recursos e que sua postura rigorosa nem sempre agrada os prefeitos. “Tem prefeito que não gosta, me suporta porque eu estou na condição de senador e tenho recurso para enviar, mas tá tossindo pra me dar um pé na bunda em 2026”.

Ele detalhou os projetos hospitalares em andamento, que somam mais de R$ 250 milhões. “Dois hospitais em Mossoró, um que custará R$ 11 milhões e outro na Liga de Combate ao Câncer, com investimento de R$ 80 milhões. Em Currais Novos, o hospital já foi entregue e deve funcionar 100% até o próximo mês. O de Macaíba será para diabéticos, e ainda há o compromisso de construir o novo Varela Santiago em Natal, com custo estimado de R$ 30 milhões”, afirmou.

O senador defendeu o uso das emendas PIX, apesar de ter sido contra sua criação. “Votei contra a emenda constitucional número 105, porque achava que ia dar esse escândalo. Mas hoje faço uso dela. Para o prefeito que quer roubar, é muito bom. Mas para quem quer trabalhar, é espetacular, porque entrega obras no prazo e sem burocracia”.

ELEIÇÕES 2026. Styvenson afirmou ainda que, apesar das especulações sobre uma possível candidatura ao governo em 2026, sua prioridade é concluir o mandato no Senado, uma possível reeleição ao cargo e as obras em andamento no RN. “A preocupação é manter Styvenson no Senado”, frisou.

“RN está regredindo na economia, desenvolvimento, educação e segurança”

Styvenson avaliou que o RN enfrenta uma sensação crescente de retrocesso em áreas essenciais como economia, desenvolvimento, educação e segurança pública. Segundo ele, a falta de avanços concretos e a necessidade urgente de retomar o caminho do progresso para atrair investimentos e melhorar a qualidade de vida da população.

“A perspectiva vai ser construída quando o nosso Estado entrar no mapa de novo do desenvolvimento. Porque até então, nada vem para cá, porque a sensação, pelo menos que Brasília tem, era Fátima aqui e Lula lá e a gente ia ver uma mudança, iria transformar o Rio Grande do Norte em Dubai. Não vou vendo nada até agora”, afirmou.

Segundo ele, as obras de infraestrutura essenciais só serão realizadas quando o RN retomar um caminho sólido de desenvolvimento, o que, em sua opinião, não é o que acontece. “Pelo contrário, a gente está no caminho de regressão. Estamos regredindo na economia, no desenvolvimento, na educação, na segurança pública”.

O senador também apontou a insegurança como um dos entraves para o crescimento econômico. “Quando falo de segurança pública, digo que é uma segurança que faz de conta. A gente não tem essa sensação de estar tranquilo dentro de suas casas, ou entra dentro do carro, para no sinal, ver uma moto do lado. Quem é que hoje vai empreender em um ambiente que é de risco? O que você pode sofrer assaltos?”, questionou.

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