Clima de deserto: cidades do interior de SP registram índice de 12% de umidade relativa do ar

Na região de Itapetininga (SP), Itaí (SP) registrou 12,3% e Arandu (SP) 12,8% de umidade relativa do ar nesta terça-feira (20). Itaí (SP) registrou 12,3% de umidade relativa do ar na tarde desta terça-feira (20)
Camila Tristão/Arquivo
Cidades da região de Itapetininga, no interior de São Paulo, registraram índices preocupantes de umidade relativa do ar na tarde desta terça-feira (20). Os dados são do Centro Integrado de Informações Agrometeorológicas (Ciiagro).
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Entre os municípios mais afetados estão Itaí (SP) e Arandu (SP), que apresentaram os menores índices, com 12,3% e 12,8%, respectivamente. O ideal, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é de 60%.
Outras cidades da região também enfrentaram um clima árido nesta terça-feira. Em Taquarituba (SP), a umidade chegou a 14%, enquanto Tatuí (SP) registrou 16,7%.
Em Itapetininga, a estação meteorológica registrou uma mínima de 29,6% às 14h, porém, devido a uma falha técnica, os dados não foram atualizados. O índice pode ter caído ainda mais durante a tarde.
Alerta de queimadas
Centro de Gerenciamento de Emergências da Defesa Civil do estado (CGE) emitiu alerta via SMS 40199 para 16 regiões do estado de SP sobre o risco de incêndios florestais
Reprodução/Defesa Civil
O Centro de Gerenciamento de Emergências da Defesa Civil do estado (CGE) emitiu um alerta via SMS 40199 para 16 regiões do estado de São Paulo sobre o risco de incêndios florestais. De acordo com especialistas, na região de Itapetininga os termômetros podem passar dos 35°C nos próximos dias, em pleno inverno.
Ao g1, o professor Daniel Nassif, especialista em agrometeorologia e climatologia, explica que uma onda de calor com novo bloqueio atmosférico deixará a região com temperaturas elevadas, podendo passar dos 35°C nos próximos dias, entre o fim de agosto e o início de setembro.
“Após a passagem da frente fria mais forte de 2024, entramos de forma abrupta em uma onda de calor com novo bloqueio atmosférico, porém, as noites ainda serão frias, o que é bem típico nessa época do ano”, explica.
Segundo Daniel, essa onda de calor deve permanecer até que uma próxima frente fria consiga romper a barreira atmosférica, trazendo chuva e a redução na temperatura.
A região deve enfrentar uma umidade relativa do ar extremamente baixa, chegando a menos de 25% em algumas tardes, o que eleva bastante o risco de incêndios em matas e problemas respiratórios.
O especialista salienta que, nesses dias, é recomendado o uso de umidificadores nos ambientes internos e as atividades físicas em ambientes externos devem ser evitadas no período da tarde.
“Essas condições são bem características do final do inverno e primavera, que é uma transição para o verão que chegará no final do ano”, completa.
A Defesa Civil do estado já está emitindo alertas de riscos de incêndio e baixa umidade desde sábado (17) para moradores da região de Itapetininga.
Conforme o órgão, a umidade relativa do ar poderá atingir níveis críticos ao longo do dia. Com exceção do litoral paulista, todo o estado atingirá níveis abaixo dos 20% de umidade relativa do ar. As temperaturas também subirão bastante.
O texto do SMS trazia a seguinte recomendação: “Risco elevado para incêndios florestais na região. Redobre a atenção em áreas de vegetação seca. Não coloque fogo no mato, isso é crime ambiental!”.
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