Uma grande perda para a democracia brasileira

Um sentimento de profunda tristeza domina a advocacia brasileira, pública e privada, com o falecimento neste domingo (12), em Brasília, de Marcello Lavenère Machado, após resistir bravamente por cinco anos às sequelas da Covid-19..

Seja como professor de Direito, Procurador de Estado, presidente da OAB/Alagoas e também do Conselho Federal da Ordem ds Advogados do Brasil, Marcello inseriu seu nome dentre os grandes vultos da advocacia e do magistério superior, no Brasil e em Alagoas.

Em todas essas atividades atuou com muita competência, sem jamais abrir mão do companheirismo, da simplicidade e da determinação que sempre o caracterizaram.

Que o digam os que, como eu, tiveram o privilégio de ser seu aluno e depois companheiro de trabalho na Procuradoria Geral do Estado.

Além do mais, diferentemente da submissão que tem ultimamente caracterizado a OAB em relação aos excessos do Executivo e do Judiciário, Marcello Lavenère tinha as suas convicções em defesa da democracia e jamais abriu mão delas.

Nunca colocou interesses pessoais acima dos seus deveres profissionais – o que, infelizmente, se tornou muito comum de uns tempos para cá na área jurídica.

Foi de uma época em que Alagoas era reconhecida nacionalmente por figuras públicas do porte, por exemplo, do jurista Pontes de Miranda, da médica Nise da Silveira e do senador Teotônio Vilela – todos de saudosa memória.

Desde ontem restam de Marcello Lavenère a saudade e a admiração de quem o conheceu.

Seu corpo será cremado hoje, em Brasília.

 

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