Milionário que quer voltar aos 18 abandona tratamento após sinais de envelhecimento

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Reprodução/Instagram

O empresário norte-americano Bryan Johnson, de 47 anos, que ficou conhecido mundialmente pela sua busca pela “juventude eterna”, informou ter abandonado um dos protocolos mais agressivos antienvelhecimento que utilizava.O magnata tomava, a cada duas semanas, 13 miligramas do imunossupressor rapamicina, na tentativa de ter um organismo mais eficiente. A medicação normalmente é prescrita para pacientes de transplante de órgãos para suprimir seus sistemas imunológicos.A substância não é aprovada pela Food and Drug Administration dos EUA para aplicações antienvelhecimento, mas alguns médicos pelo mundo a tem prescrito a pacientes, como Johnson, para o uso off-label, com base no resultado positivo de testes em camundongos.A saga de Johnson na busca pelo rejuvenescimento é mostrada no documentário O Homem que Quer Viver Para Sempre, lançado na Netflix em 1º de janeiro. No documentário, Johnson classifica o seu uso de rapamicina como “o protocolo mais agressivo de qualquer pessoa na indústria”.No entanto, depois de cinco anos de adoção desse tratamento, em setembro, o milionário e seus profissionais de saúde decidiram cortá-lo da rotina, após Johnson sofrer fortes efeitos colaterais. Nesse período, a equipe de saúde que o acompanha fez alguns ajustes na dose do medicamento para reduzir os efeitos colaterais, mas os profissionais não tiveram sucesso.”Testei vários protocolos de rapamicina, incluindo semanal (programações de dosagem de 5, 6 e 10 mg), quinzenal (13 mg) e semanal alternado (6/13 mg) para otimizar o rejuvenescimento e limitar os efeitos colaterais”, compartilhou o magnata no X. “Apesar do imenso potencial dos ensaios pré-clínicos, minha equipe e eu chegamos à conclusão de que os benefícios da dosagem vitalícia de rapamicina não justificam os efeitos colaterais pesados”.Johnson listou que teve infecções na pele e nos tecidos moles, níveis anormais de gordura no sangue, açúcar elevado no sangue e frequência cardíaca em repouso mais alta. “Sem outras causas subjacentes identificadas, suspeitamos de rapamicina e, como os ajustes de dosagem não tiveram efeito, decidimos descontinuá-la completamente”, admitiu.Médicos ouvidos no documentário sobre a saga do milionário já questionavam a ausência de dados sobre a eficácia da substância para o antienvelhecimento. Eles cobravam estudos científicos mais rigorosos sobre a aplicação e apontavam o risco de efeitos colaterais.Ao confirmar ter abandonado a rapamicina, Johnson citou um estudo recente que “mostrou que a rapamicina aumentou o envelhecimento biológico” em duas medidas e “foi ineficaz” em outras.Apesar da mudança no protocolo, Johnson continua a seguir outros protocolos para tentar hackear o próprio corpo. O empresário mantém uma rotina extremamente regrada, com acompanhamento diário de uma equipe médica para manter os órgãos em pleno funcionamento como quando tinha 18 anos.Além disso, o milionário adota outras metodologias de eficácia científica questionada, como a troca de plasma multigeracional com seu filho adolescente e seu pai idoso.

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