Imóveis, carros e motos de luxo: influencer usava dinheiro de rifas ilegais para viver ostentação em Balneário Camboriú, diz delegado


Natural do Paraná, suspeito adquiriu R$ 11 milhões com venda ilegal em um único ano, quando se mudou para o litoral catarinense, segundo a polícia. Ele também tinha imóvel em Itapema. Imóveis, carros e motos de alto padrão: influencer alvo de operação ostenta luxo em SC
Bolsas e joias de marca, quatro carros e três motocicletas de luxo foram apreendidos nesta terça-feira (20) em imóveis de alto padrão em Balneário Camboriú e Itapema, no Litoral de Santa Catarina, onde vivia um dos influenciadores digitais suspeitos de promover rifas ilegais nas redes sociais.
✅Clique e siga o canal do g1 SC no WhatsApp
O suspeito, natural de Rio Branco do Sul (PR), se mudou para o litoral catarinense para “ostentar uma vida de luxo”, após arrecadar cerca de R$ 11 milhões com as rifas em apenas um ano, segundo o delegado Gustavo Fontana, do Paraná, à frente das investigações. Ele não teve o nome revelado.
“Com esse dinheiro que ele foi angariando com seus seguidores, ele se mudou para Itapema e Balneário Camboriú, justamente para ostentar uma vida de luxo com imóveis residenciais e veículos de alto padrão”, afirmou Fontana.
Nos imóveis residenciais em Santa Catarina, a polícia apreendeu uma Ford/Ranger e uma F250, um Audi e uma BMW X6, além de três motocicletas de luxo, joias e bolsas de marca (vídeo acima).
Carros (esq.) e bolsas (dir.) de luxo apreendidas em Santa Catarina na operação.
Divulgação
Ao todo, seis mandados de busca e apreensão foram cumpridos entre Santa Catarina, Paraná e Minas Gerais. Em Belo Horizonte, com outro investigado pelos crimes, um iPhone de ouro avaliado em R$ 42 mil foi apreendido.
O g1 Minas Gerais apurou que Nelio Dgrazi, é alvo da investigação em Minas Gerais. Ele tem mais de 1,3 milhão de seguidores nas redes sociais. O g1 tenta contato com a defesa do influenciador.
Conforme o delegado, além da promoção ilegal de rifas, os suspeitos também são investigados por lavagem de dinheiro, associação criminosa e crime contra a economia popular.
A Justiça também autorizou o bloqueio de aproximadamente R$ 25 milhões na conta dos investigados, valor obtido por meio de rifas no último ano.
Como funcionava
Segundo o delegado, nos sorteios o comprador ganha um “número da sorte” entre 1 e 9.999.999.
“Acontece que nos sorteios regulares, baseados na loteria federal, são utilizadas somente 5 dezenas, em composições que variam de 01 a 100.000. Há fortes indícios de que tais sorteios sejam fraudados para que os valores nunca saiam de dentro do grupo criminoso”, explicou.
Os suspeitos podem responder pelos crimes de lavagem de capitais, associação criminosa, crime contra a economia popular e pela contravenção de promoção de jogo de azar.
✅Clique e siga o canal do g1 SC no WhatsApp
VÍDEOS: mais assistidos do g1 SC nos últimos 7 dias
Adicionar aos favoritos o Link permanente.