Mulher é presa por suspeita de envolvimento em caso de bolo que matou três pessoas em Torres

A Polícia Civil prendeu, neste domingo (5), a nora de Zeli dos Anjos, de 60 anos, que segue internada após consumir um bolo que matou três pessoas em Torres. A mulher é suspeita de envolvimento no caso e responderá por triplo homicídio duplamente qualificado e tripla tentativa de homicídio duplamente qualificada.

A nora e a sogra tinham divergências familiares. Segundo investigação, a suspeita teve a prisão temporária decretada e foi conduzida à Delegacia de Polícia de Torres. Atualmente, encontra-se detida no Presídio Estadual Feminino de Torres.

O caso, que ocorreu em dezembro, resultou na morte de Neuza Denize Silva dos Anjos, Maida Berenice Flores da Silva e Tatiana Denize Silva dos Anjos, todas da mesma família.

Os primeiros exames apontaram a presença de arsênio no sangue das vítimas e dos sobreviventes. A substância, altamente tóxica, pode ser fatal mesmo em pequenas quantidades.

O alimento, preparado por Zeli, apresentava um gosto apimentado e desagradável, percebido logo nos primeiros pedaços. Segundo relatos, a anfitriã chegou a interromper o consumo do bolo após as reclamações.

O caso aconteceu durante um café da tarde que reuniu sete familiares. Apenas uma pessoa não consumiu o bolo e não apresentou sintomas.

Zeli, que comeu duas fatias, teve a maior concentração de arsênio detectada no sangue e segue hospitalizada em estado estável. Uma criança de 10 anos, também intoxicada, recebeu alta na última sexta-feira.

De acordo com a polícia, cerca de 15 pessoas já foram ouvidas no inquérito, e os laudos periciais do bolo devem ser concluídos na próxima semana. Esses exames serão fundamentais para determinar se houve contaminação cruzada de alimentos ou envenenamento intencional.

O delegado informou que a hipótese de disputa por herança foi descartada até o momento, já que a família possuía boa relação. A investigação segue para esclarecer as circunstâncias do crime. Além disso, as necropsias das vítimas foram realizadas pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP), e os resultados são aguardados para confirmar a causa das mortes.

Especialistas explicam que o arsênio, embora proibido no Brasil como raticida, é extremamente tóxico e pode estar presente em alimentos e água de regiões contaminadas.

A polícia busca entender como a substância foi parar no bolo consumido pela família, e detalhes sobre a investigação serão informados em breve. Também é investigada a morte do marido de Zeli, ocorrida no ano passado.

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