Crianças somem de escola na Folha 6 e vão parar na beira do rio

Na manhã desta segunda-feira,19, um caso atípico mexeu com a comunidade da Folha 6 e adjacências. Três crianças desapareceram do Núcleo de Ensino Infantil professora Marluse Ferreira da Silva, localizado na Folha 6. O incidente gerou preocupação entre os pais e responsáveis e repercutiu por meio de vídeos compartilhados pelas redes sociais.

Em entrevista ao Correio de Carajás, Clélia Barbosa Lima, gestora da escola há 17 anos, relatou o que teria acontecido, algo que para ela, foi um evento inesperado, ressaltando que nunca havia enfrentado situação semelhante durante anos de trabalho.

Clélia Barbosa: “Foi terrível para nós. Estamos em estado de choque e queremos pedir desculpas para a comunidade”.

Segundo a diretora, todas as crianças estavam no recreio, supervisionadas por nove pessoas, incluindo estagiários e professores, em torno das 9h15. No entanto, em um momento de descuido, as crianças conseguiram sair pelo portão lateral, que estava fechado, mas não devidamente trancado. “Estávamos na secretaria atendendo uma mãe e uma professora quando isso aconteceu. O portão estava fechado, mas o ferrolho não foi colocado corretamente, o que permitiu que as crianças saíssem”, explica Clélia.

O portão apontado pela diretora, onde as crianças poderiam ter saído, é usado como garagem onde professores e demais funcionários guardam os veículos.

Perguntada sobre não haver um supervisor no portão, ela assegurou que não há falta de porteiros. “A moça que fica no portão trabalhou até as 9 horas, e saiu para uma consulta, eu não vi necessidade de colocar outra pessoa, pois sempre trabalhamos juntos. O portão principal fica fechado, e quem está na secretaria consegue atender”, argumenta.

Segundo Clélia, após perceberem a ausência das crianças no final do recreio, todos os funcionários da escola se mobilizaram para encontrá-las. “Procuramos em todos os lugares da escola e, ao perceber que elas não estavam nas dependências, fomos para a rua”, disse a diretora.

Após isso, ela diz ter acionado a polícia, e logo em seguida os pais. “Nós fomos procurar e pedimos ajuda à comunidade”. Segundo ela, os próprios funcionários encontraram as meninas.

Sobre o ocorrido, Clélia diz que possivelmente uma das crianças conhecia algum caminho, o que as teria levado para a beira do Rio Tocantins.

O caso deixou todos os professores em alerta. A direção diz ter agido de maneira com que os pais não ficassem aterrorizados, no momento. “Foi terrível para nós. Estamos em estado de choque, e queremos pedir desculpas para a comunidade. Todos nós falhamos”, reconhece.

Agora, providências estão sendo tomadas para reforçar a segurança e redobrar a atenção do portão onde tudo ocorreu. “Vamos colocar grades nas laterais do prédio e reforçar a atenção no portão lateral. Infelizmente, esse incidente serve como um aprendizado para todos nós”, afirma.

A polícia foi acionada e ouviu os pais, assim como a gestora da escola infantil.

(Milla Andrade)

 

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