Eleição para Câmara de São José do Campestre tem denúncias de golpe e fraude

Na sessão especial da Câmara Municipal de São José do Campestre, realizada em 1º de janeiro de 2025, a eleição da Mesa Diretora da Casa foi marcada por denúncias de irregularidades e atos autoritários. O vereador Fernando Cruz (PP), que presidiu a sessão, é acusado de impedir a candidatura de uma chapa formada por cinco vereadores, maioria absoluta da Casa, em uma ação considerada ilegal e antidemocrática.

A chapa composta por Márcia Nelo (MDB), Monique Andrade (PP), Valéria Olívia (PP), Régio Luciano (PL) e Welton Borges (PP) havia sido protocolada oficialmente no dia anterior, atendendo às normas regimentais que permitem alterações até duas horas antes da sessão. No entanto, Fernando Cruz desconsiderou a inscrição, declarou a existência de uma chapa única incompleta e realizou a votação, ignorando protestos.

Os cinco vereadores retiraram-se do plenário em repúdio ao que chamaram de “golpe regimental”. A situação se agravou com o desaparecimento dos documentos da chapa, entregues previamente à vereadora Célia de Zé Ney (MDB), que seria a responsável pela condução da sessão, mas foi substituída por Fernando Cruz.

Um Boletim de Ocorrência foi registrado pelos vereadores prejudicados e pela servidora responsável pelo protocolo, denunciando o extravio dos documentos e solicitando investigação. O caso levanta suspeitas de crime de extravio de documento público, com pena de até quatro anos de reclusão.

A crise política instaurada deve ter desdobramentos judiciais e pode gerar impacto na condução dos trabalhos legislativos da cidade.

A Agência SAIBA MAIS não conseguiu contato com o vereador Fernando Cruz (PP), mas está aberto aos esclarecimentos do parlamentar.

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