2024 é o ano mais quente já registrado no Brasil

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) confirmou que 2024 foi o ano mais quente já registrado no Brasil, com média de 25,02°C, a maior desde o início da série histórica em 1961. O desvio médio de temperatura foi de 0,79°C em relação à média de 1991 a 2020. Os dados apontam uma tendência de aumento estatisticamente significativo das temperaturas, associada ao aquecimento global e mudanças ambientais locais.

Globalmente, 2024 também foi declarado o ano mais quente da história pela União Europeia, com temperaturas acima de 1,5°C em relação aos níveis pré-industriais, conforme o observatório Copernicus. Essa marca é considerada um alerta sobre as metas do Acordo de Paris e os impactos do aquecimento global.

Fenômenos e impactos climáticos no Brasil

No Brasil, 2024 foi marcado por ondas de calor, incêndios florestais intensos e chuvas devastadoras, especialmente no Rio Grande do Sul. A temporada de seca e fogo no Pantanal foi antecipada devido a solos secos e aumento de biomassa, enquanto bloqueios atmosféricos impediram o trânsito de umidade para o Centro-Oeste.

Segundo a meteorologista Andrea Ramos, o cenário reflete a “era dos extremos”, com anos cada vez mais quentes e eventos climáticos severos ocorrendo em curtos períodos. As condições climáticas também foram influenciadas pelo fenômeno El Niño, que aquece oceanos e continentes, intensificando os eventos extremos.

Alerta global

Cientistas do observatório Copernicus e de agências como Nasa e Noaa confirmaram que 2024 superou 2023 como o ano mais quente globalmente. As temperaturas registradas são as mais altas dos últimos 125 mil anos, com base em análises de vestígios do ambiente pré-histórico.

Embora a marca de 1,5°C tenha sido atingida, especialistas alertam que o planeta ainda não ultrapassou permanentemente essa barreira. Para isso, seriam necessários vários anos consecutivos com temperaturas acima desse limite. No entanto, o dado reforça a necessidade de ações globais urgentes para mitigar os efeitos do aquecimento global.

Com informações da Folha de São Paulo

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