Bolsa Família injetou mais de R$ 260 milhões na economia de Marabá em 2024

Durante os 12 meses de 2024, famílias marabaenses receberam um montante de R$ 262.937.131,00 referente ao benefício do Bolsa Família, programa de transferência direta de renda do Governo Federal do Brasil, criado para atender famílias em situação de pobreza e extrema pobreza em todo o país.

Os pagamentos têm valor mínimo de R$ 600, que pode variar dependendo da sua composição e renda de cada família. No caso de Marabá, a média da parcela mensal foi de R$ 717 em 2024. Ao longo dos doze meses do ano esse valor variou entre R$ 710,76 e 723,93, sendo que a maior média foi no mês de janeiro e a menor, em agosto.

Quando se fala em quantitativo de famílias atendidas pelo programa, o número teve uma variação de 1.525 durante o ano. Fevereiro ficou com a menor quantidade e atendeu 29.918, dezembro, por outro lado, foi o mês que mais beneficiou pessoas em vulnerabilidade social, atingindo 31.443 famílias.

Essencial para a subsistência daqueles que vivem em situação de vulnerabilidade social, o Bolsa Família combate a extrema pobreza, incentiva a educação, a vacinação e busca por emprego formal. Em junho de 2024, um total de R$ 22.395.171 foi pago para os beneficiários, valor que pode proporcionar comida no prato de milhares de pessoas, além de contribuir para a economia local.

Estudo inédito do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal (FMCSV) revela que o Programa Bolsa Família (PBF) reduz em 91,7% o percentual de crianças na primeira infância que vivem em famílias na condição de pobreza ou extrema pobreza (renda mensal familiar de até R$ 218 por pessoa).

A publicação mostra ainda que há maior concentração de crianças de zero a seis anos em famílias de baixa renda do que na média da população. São 10 milhões de crianças na primeira infância em famílias com renda mensal per capita de até meio salário-mínimo (R$ 660, à época). Esse índice representa 55,4% de todas as 18,1 milhões de crianças de zero a seis anos registradas no país (Censo 2022).

DESINFORMAÇÃO

Peças de desinformação estão repercutindo que o cálculo do desemprego levaria em conta a inscrição de pessoas no Bolsa Família. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística aponta que o recebimento de benefícios sociais não tem correlação direta com a ocupação ou desocupação. Num equívoco flagrante, conteúdos que opõe os números de inscritos no programa de transferência de renda com o número de empregados de alguma unidade da federação brasileira estão deixando de fora da conta as pessoas empregadas que também são beneficiárias do Bolsa Família. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à fome, 13,4 milhões dos beneficiários do Bolsa Família estão empregados. Mais de 20,86 milhões de famílias foram contempladas pelo programa ao longo do ano, que priorizou lares com mulheres e crianças e grupos específicos como indígenas e quilombolas, além de pessoas em situação de rua.

Os dados de desemprego são coletados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A metodologia é a mesma desde 2012. Definida e recomendada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), é adotada pelo órgão oficial de pesquisa do Governo Federal desde o início da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio contínua (Pnad). A taxa de desemprego divulgada mais recentemente indica que há 7 milhões de pessoas em busca de emprego no país. O total de pessoas ocupadas no país chegou a 103,9 milhões de trabalhadores, um novo recorde. Houve recorde também no número de trabalhadores com carteira assinada, que somam 39,1 milhões de empregados. Já o número de empregados sem carteira assinada não teve variação significativa no trimestre analisado. São 14,4 milhões de trabalhadores nessa situação. Os que trabalham por conta própria totalizaram 25,9 milhões, um crescimento de 1,8% no trimestre

Vale apontar nessa tese desinformativa o preconceito de classe implícito que vincula o Bolsa Família com uma postura de comodidade pelos atendidos que não procurariam emprego contando com o benefício. Estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) aponta que, das mais de 3,4 milhões de contratações realizadas entre janeiro de 2023 e setembro de 2024, 91,49% foram para inscritos do CadÚnico (o equivalente a cerca de 3,1 milhões) e 71,11% (ou aproximadamente 2,4 milhões) para beneficiários do Bolsa Família. (Luciana Araújo, com informações do Portal Gov.)

 

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