Economia puxa a pauta de 2025 com o retorno de Donald Trump

editorial

Nas eleições americanas de 1992, o marqueteiro James Carville criou o slogan “É a economia, estúpido”, apontando ser o principal mote da campanha que elegeu Bill Clinton à presidência dos Estados Unidos, derrotando o projeto de reeleição do presidente George Bush (pai), com base na percepção de que os americanos estavam mais preocupados com suas contas do que com guerras, como a do Golfo.

A economia, de novo, será o principal desafio de 2025, como destacam as perspectivas ante o cenário global, que ainda passa por incertezas perante o retorno de Donald Trump. O magnata volta à Casa Branca depois de quatro anos e já apontou mudanças substanciais ao reafirmar o projeto de fazer a América grande outra vez. Isso significa um retorno à política protecionista com reflexos no mercado global, a começar pelo Brasil, um dos países por ele citados como maiores taxadores de produtos americanos. Haverá reciprocidade.

Além do fator Trump, a economia será o tema central ante o atual cenário. O país fecha o ano com o dólar acima dos R$ 6, num claro sinal de insegurança do mercado. A reforma tributária aprovada pelo Congresso e já regulamentada ainda tem pontos a ser corrigidos, e as medidas tomadas pela equipe do ministro Fernando Haddad ainda não produziram os efeitos esperados. Ele e o presidente Lula já anteciparam que farão novas ações para equilibrar o jogo.

Mesmo sem eleições, 2025 terá a atenção da política por ser a fase de preparação para o pleito nacional. No Brasil é assim: termina uma eleição, e os políticos já atuam de olho na próxima, sobretudo quando se trata de uma disputa nacional, na qual estarão envolvidos a disputa presidencial, o Congresso Nacional, os governos estaduais e as assembleias legislativas.

A Tribuna já apontou a corrida pela sucessão do governador Romeu Zema, tendo sido ele o primeiro a colocar o debate em campo ao antecipar que seu candidato será o seu vice, Mateus Simões, agora, por estratégia de marketing, chamado de professor Mateus. Em seguida, líderes do MDB colocaram o nome do deputado Tadeu Leite, presidente da Assembleia, como o possível indicado.

E por aí vai. Rodrigo Pacheco, que deixa a presidência do Senado no início do ano, é visto em duas situações: ministro do Governo Lula ou candidato, com aval do próprio Lula, ao Governo de Minas. Ao fim e ao cabo, a sucessão terá amplo espaço em 2025.

O ano que começa também é de posse dos eleitos no pleito municipal de outubro. A prefeita Margarida Salomão, com mandato renovado por mais quatro anos, vai iniciar a gestão com uma nova equipe – embora a maioria seja remanescente do mandato 2020/2024 -, enquanto a Câmara Municipal, que também deve começar sob a liderança de José Márcio Garotinho na presidência, terá uma formação com 23 vereadores. A expectativa vai além do número de cadeiras, mas também envolve a performance dos empossados neste dia 1º de janeiro.

A cada ano, as esperanças são renovadas, como a Tribuna mostra nesta edição, restando saber se as promessas vão sair do papel e se as mazelas, em todas as instâncias, serão corrigidas. Assunto não falta.

 

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