Bombou no g1: gato deixa braço da tutora dilacerado e faz família ‘refém’ dentro da própria casa


Família de São Vicente (SP) passou a viver ‘escondida’ do animal no imóvel após ataques em sequência. Médico veterinário especialista em psiquiatria felina dá dicas para manter os pets mais calmos. Caso viralizou em agosto. Histórias curiosas, personagens divertidos e casos virais. Neste mês de dezembro, o g1 reconta reportagens que foram sucesso entre os nossos leitores ao longo de 2024. Hoje é dia de relembrar a história de um gato que fez a família de ‘refém’ e dilacerou o braço da tutora.
Esta reportagem foi originalmente publicada em agosto de 2024.
Tutora teve braços e pernas ‘rasgados’ durante ‘ataque’ do gato em casa
Arquivo Pessoal
Braço dilacerado, ataques surpresa e família ‘escondida’ nos quartos de casa. Tudo isso por conta do comportamento agressivo de um gato de estimação. A tutora do animal contou ao g1 que está em pânico e, ao mesmo tempo, preocupada com o futuro dele, uma vez que já tentou acalmá-lo de diferentes maneiras, desde consultas com especialistas até sessões de Reiki [modalidade terapêutica].
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Luciana Nascimento, de 49 anos, vive com as duas filhas, de 22 e 16, em São Vicente , no litoral de São Paulo. A família tem dois gatos de estimação: Thor, de sete, e Nina, de quatro anos. Segundo a tutora, ele apresenta comportamento agressivo com os moradores da casa e visitantes desde o primeiro ano, tendo sido adotado com apenas dez dias.
O último ‘ataque’ aconteceu quando Luciana colocava comida para Thor em casa. Segundo a mulher, o animal ‘grudou’ no braço e, em seguida, na perna dela. Depois de alguns minutos, que deixaram os membros da tutora repletos de cortes e arranhões, o gato a soltou.
“A casa [ficou] ensanguentada, e eu praticamente desmaiando por conta da dor”, lembrou Luciana, que mantém as filhas em cômodos separados ao gato. “Preservação da minha vida e da minha família”.
Gato ‘atacou’ tutora que servia comida para ele em São Vicente (SP)
Arquivo Pessoal
Especialistas, Reiki e futuro
Apesar da situação, Luciana busca um desfecho positivo para o animal. “Amo o Thor. Nosso convívio é de sete anos. Estou totalmente abalada física e emocionalmente”, desabafou ela. A mulher disse ter tentado diversas alternativas para acalmar o animal desde o início da situação, mas sem sucesso.
Segundo ela, Thor passou em consultas com médicos veterinários especialistas em gatos, que citaram até a possibilidade de eutanásia, a sessões de Reiki – modalidade terapêutica com origem na medicina tradicional oriental.
“Mesmo sendo ‘perigoso’, por ele ter me atacado e machucado algumas vezes, fico de mãos atadas”, explicou ela. “Não quero me desfazer dele e nem tenho como fazer isso porque ninguém ficaria [com o animal], uma vez que soubesse da agressividade”.
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Psiquiatra felino
O médico veterinário especialista em psiquiatria felina, Guilherme Dornellas, explicou que, para evitar situações do tipo, o tutor deve ‘estimular’ o animal desde cedo, criando espaços para ele brincar, dormir e até se esconder, com o objetivo de “ter a sensação de segurança e diminuir os níveis de estresse”.
Dornellas acrescentou que o comportamento dos felinos pode ser estimulado por meio de brincadeiras, “priorizando o uso de objetos, como varinhas, bolinhas de papel e até laser para pessoas com menor mobilidade”.
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Arquivo Pessoal
O profissional ressaltou a importância dos ‘arranhadores’ para esses pets. “Ao invés de brigar com o gato que está afiando a unha no sofá, proporcione [os itens] que protejam os móveis […]. Esse é um comportamento natural e que ajuda a aliviar o estresse”.
Por fim, ele afirmou que, antes da eutanásia, o tutor deve procurar um veterinário especialista em felinos. “Não que os outros sejam ruins, mas assim como a medicina humana, a veterinária também tem muitas especialidades e profissionais qualificados para todo tipo de caso”.
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