Álvaro Dias termina gestão como começou: com repressão e descaso

A violência contra movimentos sociais, estudantis, trabalhadores e mulheres sempre foi marca registrada da gestão de Álvaro Dias em Natal. E, no apagar das luzes do seu mandato, o prefeito reforça esse legado com um último presente amargo à população: o aumento da passagem de ônibus para R$ 4,90.

Na última quinta-feira (26), um protesto legítimo contra o reajuste terminou de forma vergonhosa. Guardas municipais usaram spray de pimenta e força física contra manifestantes que apenas exigiam participar da reunião do Conselho Municipal de Transporte e Mobilidade Urbana (CMTMU). Uma integrante do Movimento de Mulheres Olga Benario precisou ser hospitalizada após inalar o spray. Estudantes, trabalhadores e moradores de ocupações urbanas foram tratados como inimigos simplesmente por questionarem a política que esmaga seus direitos.

A repressão não foi um episódio isolado. Durante toda a gestão de Álvaro Dias, a resposta aos movimentos sociais sempre foi truculência. Enquanto as empresas de ônibus recebem subsídios milionários – em 2025, serão mais R$ 60 milhões – a população paga mais caro por um transporte sucateado, com linhas cortadas desde a pandemia e ônibus em estado precário.

A pergunta que não cala é: onde está o retorno desse dinheiro? Por que, mesmo com repasses públicos, não vemos a renovação da frota ou a ampliação das linhas? A resposta está na composição do CMTMU, dominado por representantes da Prefeitura e do Seturn (Sindicato das Empresas de Transporte Urbano). Na prática, as decisões sobre o transporte ignoram a voz do usuário e premiam os empresários, perpetuando um ciclo de lucros privados e prejuízos sociais.

Tratar estudantes e trabalhadores como ameaça revela o verdadeiro compromisso de Álvaro Dias: proteger interesses empresariais, mesmo que para isso precise calar a população com gás e violência.

O transporte público deveria ser um direito garantido e acessível. O aumento da passagem, sem justificativa clara ou contrapartida, representa mais um ataque ao bolso de quem já luta para sobreviver. Natal precisa de investimentos reais, com diálogo, participação popular e transparência. A resposta é ocupar as ruas pela revogação!

A história não será gentil com os que optam pela repressão. Mas será generosa com aqueles que, mesmo sob spray de pimenta, continuam a lutar por justiça e dignidade.

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