DJ que polemizou no início da Olimpíada é ameaçada de morte

A abertura dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 dividiu opiniões entre os espectadores da competição. A duração do início da cerimônia que deu a largada ao evento, apresentações artísticas e outros elementos foram criticados pela grande parte de quem assistiu.Um dos trechos que mais geraram controvérsias foi a espécie de paródia da “Santa Ceia” feita por pessoas LGBTQIA+. Protagonizada pela DJ francesa Barbara Butch, a cena provocou uma grande polêmica.CONTEÚDO RELACIONADO:Olimpíadas: organizadores pedem desculpas após abertura”A última ceia” não inspirou abertura das Olimpíadas. Veja o que foiA DJ, inclusive, apresentou uma queixa por assédio cibernético agravado, ameaças de morte e insultos públicos nesta terça-feira (30), segundo uma fonte próxima ao caso, de acordo com notícia apurada pela Rádio França Internacional (RFI).A artista, que atua como ativista feminista, antigordofóbica e lésbica, havia reclamado em seu Instagram no dia anterior que, desde sua apresentação, ela havia sido “alvo de mais um assédio cibernético”, o qual, segundo ela, foi “particularmente violento”.Quer mais notícias de fama? Acesse nosso canal no WhatsApp!”Ameaçada de morte, tortura e estupro” e alvo de ‘inúmeros insultos antissemitas, homofóbicos, sexistas e gordofóbicos’, ela decidiu registrar uma queixa, disse sua advogada, Audrey Msellati, em um comunicado compartilhado nas redes sociais pela DJ.O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos “condenou veementemente” o assédio cibernético sofrido pela “equipe artística” da cerimônia de abertura.ENTENDA A POLÊMICABarbara Butch se apresentou durante a cena intitulada “Festivity”, que começou com uma imagem de um grupo à mesa, incluindo várias drag queens famosas, que alguns interpretaram como uma zombaria da última refeição de Jesus com seus apóstolos, cena conhecida como a “Santa Ceia”.A apresentação foi duramente criticada por políticos de extrema-direita, especialmente na França e na Itália e pelo candidato republicano à Presidência dos EUA, Donald Trump, enquanto a representação da Igreja Católica na França classificou o ocorrido como “cenas de zombaria e escárnio do cristianismo”.O diretor artístico da cerimônia de abertura, Thomas Jolly, chegou a negar que tenha se inspirado na “Santa Ceia” e disse que era “mais uma questão de criar uma grande celebração pagã ligada aos deuses do Olimpo”. No entanto, a organização dos Jogos de Paris se desculparam pelo mal-estar provocado com religiões cristãs.
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