Cidade horizontal: 89% dos domicílios marabaenses são casas

Um estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), baseado nos dados do Censo 2022, apresentou detalhes sobre as características dos domicílios nos mais de 5 mil municípios brasileiros. Em Marabá, o número de habitações é estimado em 85.966, para uma população de 265.240 moradores.

As estatísticas do instituto mostram que 66,53% desses lares, ou seja, 57.199, são próprios, uma vez que o imóvel pertence a algum dos residentes daquele domicílio. As demais 28.767 moradias estão classificadas como alugadas, cedidas ou outras.

Outras informações relevantes elencadas pelo Censo 2022 dizem respeito ao tipo de domicílio: casa; apartamento, casa de vila ou em condomínio e outros. Sobre o primeiro item, foram computadas 76.926 casas em Marabá, dado que solidifica sua identificação como “cidade horizontal”.

Essas localidades são caracterizadas por construções mais baixas, com uma maior ocupação do solo. Elas fazem contraste com as cidades verticais, que concentram edifícios altos em áreas compactas, as cidades horizontais se espalham por grandes áreas, com casas unifamiliares, além de condomínios horizontais.

Quando se fala sobre conectividade – quantidade de domicílios com acesso a internet -, os dados mostram que 74.982, ou seja, 87,22% estão conectados.

IDADE E RAÇA

A maior parcela dos 186.529 marabaenses que moram em casa própria está na faixa etária dos 15 a 19 anos, isso representa 17.886 jovens. Por outro lado, a menor concentração está entre os habitantes de 65 a 69 anos, sendo 5.130 pessoas. Já entre aqueles que residem em imóveis alugados, cedidos e outros, a maioria (11.084 moradores) têm entre 25 e 29 anos. Neste caso, a menor parte, 934 ocupantes, repete a faixa etária de 65 a 69 anos.

A análise de raça mostra que 71,65% (133.660) dos imóveis próprios são pardos. Essa parcela da população também é maioria entre as residências alugadas ou cedidas, representando um percentual de 70,50% (55.777).

O número de pessoas brancas que moram em casa própria é de 33.532 e pessoas pretas são 18.809. Em casas cedidas ou alugadas o quantitativo é de 15.166 para a primeira categoria e 7.842 para a segunda.

PARAUAPEBAS E CANAÃ

Ao confrontar os dados de Parauapebas e Canaã dos Carajás com Marabá, a reportagem do CORREIO percebeu que a realidade das duas cidades mineradoras diverge da terra de Francisco Coelho.

Em termos de tipo de domicílio, dos 87.653 computados em Parauapebas, 59,30% (51.979) são “casa própria”. Os outros 40,70% (35.673) são moradias alugadas ou cedidas. Do total de imóveis, 69.729 são casas. Em Canaã o percentual é semelhante, sendo de 60,07% para domicílios próprios (14.649 em números) e 39,93% sendo alugados ou cedidos (9.737). Entre as propriedades, 21.340 são casas.

Do total de residências de Parauapebas, 91,48%, ou seja, 80.192, possuem conexão com a internet. Em Canaã esse dado é de 22.719, representando 93,16%.

Nos domicílios parauapebenses próprios, a maior concentração de moradores está na faixa de 35 a 39 anos, sendo 17.336 pessoas. Em casas alugadas a menor parcela tem entre 25 e 29 anos. Da mesma forma, a faixa etária com mais moradores em casa própria é de 35 a 39 anos e em casas alugadas é de pessoas que têm entre 20 e 24 anos.

Ambas as cidades possuem a mineração como uma de suas principais atividades econômicas e por isso o êxodo profissional para essas localidades acontece de forma expressiva.

(Luciana Araújo)

 

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