Quatro anos depois de ter perdido a reeleição para a Prefeitura de Mossoró, Rosalba Ciarlini (PP) viu diminuir sua força política e, neste ano, passou à condição de coadjuvante na disputa eleitoral. A ex-prefeita decidiu não concorrer novamente e nem indicou um nome, restando um apoio tardio à chapa do bolsonarismo encabeçada por Genivan Vale (PL).
Rosalba ocupa o cargo de vice-presidente do diretório municipal do PP, que é comandado na cidade pelo ex-deputado federal Beto Rosado, e chegou a participar de articulações para formação de uma frente de oposição ao atual prefeito Allyson Bezerra (UNIÃO).
Essas articulações e encontros incluíram o PT. Na crise da segurança pública envolvendo a fuga de dois detentos do Presídio Federal de Mossoró, por exemplo, Rosalba recepcionou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandovski, ao lado da governadora Fátima Bezerra e da deputada Isolda Dantas, presidenta do diretório petista da cidade. Mas as conversas não evoluíram e nem mesmo a unificação da oposição, que saiu dividida em duas candidaturas principais.
O apoio a Genivan veio somente no dia 4 de agosto, data da convenção do PP e um dia antes do prazo final para realização das convenções partidárias. Embarcando na chapa do bolsonarismo, ela participou da carreata com a presença de Bolsonaro na última sexta (16), primeiro dia da campanha. No Instagram, disse que agradeceu ao ex-presidente por ter firmado o financiamento das obras do Finisa, “que viabilizou as reformas do corredor cultural e a maioria de obras de infraestrutura que acontecem até os dias de hoje”.
Como liderança do PP, Rosalba foi uma das responsáveis pela formação de nominata da legenda, mas não conseguiu fechar o máximo de 22 candidatos permitidos pela Justiça Eleitoral. A legenda lançou 15 nomes, e viu dois nomes de maior envergadura recuarem de se lançar candidatas a vereadora: a ex-prefeita Cláudia Regina e a ex-vereadora Arlene Rosado, que eram consideradas puxadoras de voto.
A perda de força do rosalbismo se intensificou a partir de 2020, quando a ex-prefeita por quatro mandatos perdeu a reeleição para o então deputado estadual Allyson Bezerra, que venceu com 47,52% dos votos contra 42,96% de Rosalba.
Após aquela eleição municipal, Ciarlini deixou o Palácio da Resistência e voltou suas atividades para a medicina pediátrica. Se até então ela era cortejada por diversos candidatos ao Executivo, perdeu influência e em 2022 não foi candidata a nada. Seu grupo colocou forças para a reeleição de Beto Rosado para deputado federal, mas ele também perdeu.
Se Rosalba decidiu caminhar desta vez com a extrema-direita, outra Rosado, Larissa, também não disputou nova eleição para vereadora neste ano, mas fechou com a esquerda. A ex-vereadora e ex-deputada estadual está apoiando a petista Marleide Cunha para a Câmara.
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