“Pessoa nefasta”, diz juiz sobre petista morto por bolsonarista

O desembargador Benjamim Acácio de Moura e Costa, do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR), saiu em defesa do ex-policial penal bolsonarista, Jorge Guaranho, preso por matar o ex-tesoureiro do PT, Marcelo Arruda, em julho de 2022.À época, o ex-policial penal invadiu a festa de aniversário de Marcelo Arruda em Foz do Iguaçu, que tinha como tema o então candidato à presidência da República, Lula (PT), e atirou diversas vezes na vítima, que também estava armado e reagiu com mais disparos.Leia mais>> Lewandowski demite policial penal que matou tesoureiro do PT no Paraná>> Em acordo, União pagará R$ 1,7 mi a família de petista morto a tiros>>Bolsonarista que matou petista em aniversário vai a júri popularNa justificativa para a concessão do habeas corpus a Garunho, o magistrado disse que o petista morto “pessoa nefasta na sociedade” e afirmou que o ex-policial penal agiu em “legítima defesa”, e deste modo, não deveria ter sido feito a denúncia.“Eu me socorro do entendimento que me convenceu de que a ordem [de habeas corpus em favor de Guaranho] deve ser conhecida e, neste caso, deferida, em face da má qualidade da vítima. Ela realmente era uma pessoa nefasta na sociedade e, por certo, muitos podem estar pensando no sentido de que realmente houve uma limpeza social. Da forma errada, da forma injusta, da forma indevida, mas que a consciência coletiva aceita de uma forma mais abrandada. Então, dessa forma, senhora presidente, conheço e concedo a ordem”, disse o desembargador.“Para mim, é o típico caso de trancamento penal. Porque é matar ou morrer, é sempre legítima defesa”, acrescentou.Guaranho vai ficar em prisão domiciliar até seu julgamento pelo júri popular, marcado para fevereiro de 2025.Apesar da defesa, o desembargador foi voto vencido durante o julgamento sobre a suspensão do processo. Sendo assim, o acusado permanece preso no Complexo Médico Penal de Curitiba, 
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