Desemprego no ES é o menor desde a década de 80

Dinheiro e Carteira de Trabalho: desemprego no ES é o menor desde a década de 80

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O Espírito Santo apresentou uma taxa de desemprego de 4,5%, sendo a sétima menor taxa entre os estados brasileiros e abaixo da média nacional, que foi de 6,9%.O diretor-geral do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), Pablo Lira, destacou que é a menor taxa da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), iniciada em 2012, mas vai além, dizendo que é a menor taxa de desemprego desde a década de 1980.Leia mais sobre EconomiaOs dados divulgados são referentes ao segundo trimestre deste ano, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua Trimestral, divulgada na quinta-feira (15) pelo IBGE.“Estamos no melhor momento nas últimas quatro décadas, desde a redemocratização. Olhando o que aconteceu no Estado e no Brasil, com a superinflação, por exemplo. Em todo o contexto, digo que é a menor taxa desde 1980, e o dado deste segundo trimestre é o menor do Sudeste e de outros estados importantes como o Rio Grande do Sul e Distrito Federal”, afirmou.A partir dos dados divulgados, Lira destacou que o Estado está próximo do pleno emprego. “Não é somente o percentual que representa o pleno emprego. São também outros fatores, como qualidade do posto de trabalho e renda. Mas estamos mais próximos do pleno emprego do que o Brasil”.O diretor do IJSN lembrou também que, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), o mercado de trabalho formal capixaba registrou, no primeiro semestre deste ano, a criação de 29.914 postos formais de trabalho, diferença entre contratações e demissões.Os dados do PNAD Contínua também mostraram que trabalhadores empregados no Estado foi estimado em 2,1 milhões, apresentando aumento de 2,3% (o que corresponde a 48 mil profissionais a mais) em relação ao trimestre anterior e aumento de 5,4% (o que corresponde a 108 mil trabalhadores a mais) em relação ao segundo trimestre de 2023.O número de desempregados foi estimado em 99 mil, apresentando queda de 23,5% (o que corresponde a 30 mil a menos) em relação ao trimestre anterior e queda de 27% (o que corresponde a 37 mil a menos) em relação ao segundo trimestre de 2023.Pleno emprego divide especialistasOs dados divulgados pela PNAD Contínua Trimestral, divulgada na quinta-feira (15) pelo IBGE, dividem opiniões no Estado.O presidente do Conselho Temático de Relações do Trabalho (Consurt) da Findes, Fernando Otávio Campos, destacou que a queda do desemprego vai, no curto prazo, ajudar a economia; no médio prazo, melhorar a renda e salários dos trabalhadores; mas, no longo prazo e, em alguns casos, no médio prazo, vai criar problemas para crescimento da economia e de atração de novas empresas.“O pleno emprego é algo desejável, mas preocupante, pois a economia do Estado ainda não é suficiente robusta para manter todas as estruturas de serviços públicos, como segurança e saúde, com crescimento contínuo de valorização dos profissionais e dos custos”.Para o economista e diretor-geral da Faculdade Capixaba de Negócios, Marcelo Loyola, é muito importante ter baixo desemprego, pois cria renda por meio dos salários, o que aquece ainda mais a economia. “Há realmente problema de baixa produtividade, não só no Espírito Santo, mas em todo o Brasil”.“A taxa de desemprego é muito boa para a economia, e o setor público no Estado, contribuindo com arranjos produtivos, dá uma dinâmica diferenciada à economia local, o que resulta nos dados como os apresentados pelo IBGE”, ressaltou o economista Ricardo Paixão.Saiba maisRanking da taxa de desempregoSanta Catarina: 3,2%Mato Grosso: 3,3%Rondônia: 3,3%Mato Grosso do Sul: 3,8%Tocantins: 4,3%Paraná: 4,4%Espírito Santo: 4,5%Goiás: 5,2%Minas Gerais: 5,3%Rio Grande do Sul: 5,9%São Paulo: 6,4%Roraima: 7,1%Acre: 7,2%Maranhão: 7,3%Pará: 7,4%Ceará: 7,5%Rio de Janeiro: 9,6%Distrito Federal: 9,7%Outros dados do EstadoSão 2,100 milhões de trabalhadores empregados, 48 mil a mais que no primeito trismestre deste ano.Do total, 1,081 milhão de empregados no setor privado, com 760 mil com carteira assinada e outros 321 mil sem carteira.São 118 mil trabalhadores domésticos, 2 mil a mais que no primeiro trismestre deste ano.São 500 mil trabalhadores por conta própria, 10 mil a mais que no primeiro trimestre deste ano.Além disso, são 827 mil trabalhadores informais, 32 mil a mais que no primeiro trimestre.Fonte: PNAD Contínua do IBGE.

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