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Com a descoberta da gestação já em fase avançada, aos 3 meses, os médicos conseguiram localizar o DIU em diversas posições dentro do útero, o que exigiu um acompanhamento mais rigoroso.“Já iniciei a gestação com a classificação de alto risco. Tive dois grandes sangramentos no início e meu colo uterino estava curto para a idade gestacional”, relatou Amanda.Ela passou a seguir uma rotina com restrições, repouso e cuidados especiais. Ainda assim, a gravidez evoluiu bem.Nascimento de BernardoO menino Bernardo nasceu no dia 4 de maio, após Amanda acordar com um novo sangramento. Ao chegar à maternidade, foi constatado que a bolsa já tinha rompido. No exame cardiotocográfico, os batimentos cardíacos do bebê estavam elevados, e indicava taquicardia.“Minha primeira opção era o parto normal, mas naquele momento não era seguro esperar a evolução. Conversamos com a médica e optamos pela cesárea”, disse Amanda.O parto de Bernardo aconteceu com 35 semanas e 5 dias, o que é considerado prematuro, mas sem complicações. “Não foi necessário UTI ou qualquer intervenção. Fizemos corticoide prévio ao nascimento para maturação pulmonar. Ele está ótimo e já em casa”, contou.Logo após o nascimento, a obstetra mostrou o bebê para a mãe. Foi quando a família percebeu que o DIU havia saído junto com o bebê, colado ao bumbum.“Vimos na hora. A médica trouxe o Bernardo para perto de mim e o papai registrou o momento. Nós e toda a equipe começamos a rir de emoção, felicidade e surpresa, tudo junto”, contou em tom de alegria.As chances de engravidar com o DIUA ginecologista obstetra, Rafaela Frota, explicou que o DIU Kyleena estava bem posicionado e é considerado um dos métodos contraceptivos mais seguros, com eficácia superior a 99%.Mas ela aponta que, ainda assim, há uma taxa de falha estimada em 0,2%, o que significa que duas a cada 1 mil mulheres podem engravidar mesmo com o dispositivo.“É comum que o DIU mude de posição durante a evolução da gestação. Ele pode aderir à placenta, se inserir na musculatura uterina ou migrar para perto do colo do útero. Normalmente, ele permanece fora da bolsa amniótica”, explica a especialista.A médica explica também que, ao se confirmar uma gravidez com DIU, o ideal é avaliar a retirada do dispositivo, desde que ele esteja distante do embrião e possa ser removido com segurança.Em casos onde a manipulação representa risco ao feto, a recomendação é manter o dispositivo e seguir com acompanhamento de alto risco.Veja publicação de médica:
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