Arte e ancestralidade reacendem o pertencimento em Felipe Camarão

No coração de Felipe Camarão, na Zona Oeste de Natal, um movimento coletivo vem reescrevendo a história de um dos bairros mais marginalizados da cidade. O Coletivo A Gente, por meio do projeto Obompó-Ropongá, transforma espaços comuns em palcos de resistência e celebração da memória viva. Entre oficinas, rodas de conversa e rituais simbólicos, surge o Fogo da Memória, ação que aquece a ancestralidade e reacende a autoestima de quem habita esse território.

O que acontece aqui é uma transformação profunda. As crianças criam, os adultos se curam, os mais velhos compartilham seus saberes. É uma grande roda em que todos aprendem e ensinam”, afirma Alisson Lima, artista e educador que integra o coletivo.

Inspirado no conto africano O Sonho da Tartaruga, o projeto vem espalhando sementes de resistência em comunidades periféricas e zonas rurais do estado. As ações alcançam, além de Natal, os municípios de Senador Elói de Souza, Lagoa de Velhos e Serra Caiada, com atividades que integram literatura, oralidade, saberes indígenas e africanos.

A arte, nesse contexto, não é apenas expressão: é ferramenta de transformação. “Aqui, eu aprendi a enxergar o mundo com mais cor. Com arte. Com amor. Isso mudou minha vida completamente”, relata Damares Kayllany, moradora de Felipe Camarão e participante ativa do projeto.

Com apoio do Governo do Estado do RN, Fundação José Augusto, Programa Cultural Câmara Cascudo, Neoenergia Cosern e Instituto Neoenergia, o projeto promove também geração de renda e inclusão através da economia criativa. Jovens negros, LGBTQIAPN+, neurodivergentes e demais moradores das margens encontram na arte uma forma de existir com dignidade.

Próximas edições do Fogo da Memória:
• Dias 15 e 25 de maio, às 19h
• Praça Santa Paula Frassinetti, Felipe Camarão (Natal)
Entrada gratuita

Mais informações: [email protected]
Redes sociais: @coletivoagente

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