Neuropsicologia e sala de aula: como ajudar os pequenos no processo de aprendizado?

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Estar atento ao desenvolvimento e aprendizado dos filhos é algo que envolve empatia por parte dos pais e responsáveis. Mudança de escola podem interferir diretamente no aprendizado dos pequenos – isso pode ocorrer de forma positiva ou negativa. A neuropsicologia visa contribuir para que os alunos – e seus mais diversos universos –  tenham um progresso saudável no que tange o processo de aprendizado.

A neuropsicologia – área da psicologia que estuda a relação entre o sistema nervoso e o comportamento humano com abrangência em aspectos como cognição e emoções – e a sala de aula podem ser ‘aliadas’, visto que a neuropsicologia possui ferramentas para entender o funcionamento do cérebro e como isso tende a afetar o aprendizado; já a sala de aula é o espaço onde esse processo de aprendizado ocorre.

“A sala de aula, palco de descobertas e crescimento, também pode ser um terreno de desafios invisíveis para muitas crianças/adolescentes”, alerta a psicóloga clínica especialista em neuropsicologia e neuropsicopedagogia Solange Pereira de Souza. “Dificuldades de aprendizagem como dislexia e discalculia, o turbilhão do TDAH, Transtorno do Espectro Autista (TEA), Transtorno do Processamento Sensorial (TPS), a sombra da ansiedade escolar, o peso do Bullying, o nó nos relacionamentos com colegas e professores, a fragilidade da baixa autoestima e a luta contra a falta de concentração e memorização: essas são as demandas mais frequentes que ecoam nos consultórios de psicologia”.

Solange destaca que essas questões afetam não apenas o desempenho acadêmico, mas também o bem-estar emocional e social dos pequenos. Ela pontua que reconhecer esses sinais é o primeiro passo para oferecer o apoio necessário e construir um caminho de aprendizado mais leve e promissor.

‘ARQUITETO DO APRENDIZADO’ – “Diante das diversas demandas que chegam aos consultórios, o profissional de psicologia atua como um verdadeiro arquiteto do aprendizado, moldando intervenções terapêuticas sob medida para cada criança. Através de técnicas individualizadas e adaptadas às necessidades específicas de cada caso, o psicólogo guia o paciente em um processo de autoconhecimento e desenvolvimento, fortalecendo habilidades e superando obstáculos”, explica.

A profissional destaca que para complementar esse trabalho, a neuropsicologia se torna uma ferramenta valiosa na avaliação, pois ajuda a identificar se as dificuldades apresentadas são de natureza emocional, comportamental ou de aprendizagem. “Na minha prática clínica, a neuropsicologia desempenha um papel fundamental nesse processo. Através de avaliações neuropsicológicas abrangentes, investigamos as funções cognitivas da criança, como atenção, memória, linguagem e funções executivas. Essa investigação minuciosa nos permite diferenciar entre dificuldades emocionais que impactam o aprendizado e transtornos de aprendizagem, como dislexia ou TDAH”.

Solange acrescenta que com um diagnóstico preciso, podemos traçar um plano de intervenção ainda mais eficaz, ao combinar técnicas terapêuticas da psicologia com estratégias de reabilitação neuropsicológica e orientar a escola e família como lidar da melhor forma. “Acreditamos que cada criança é única, com um potencial ilimitado a ser explorado. Ao unirmos a expertise da psicologia e da neuropsicologia, oferecemos um suporte completo e personalizado, capacitando cada indivíduo a trilhar um caminho de aprendizado mais leve, prazeroso e bem-sucedido”.

PLANO DE INTERVENÇÃO PERSONALIZADO – A avaliação neuropsicológica, em particular, segundo a profissional, emerge como um farol na identificação das causas subjacentes das dificuldades, ao permitir um diagnóstico preciso e um plano de intervenção personalizado. Solange cita que ao compreender o funcionamento cognitivo de cada criança é possível diferenciar entre questões emocionais que impactam o aprendizado e transtornos de aprendizagem, como dislexia ou TDAH.

“É fundamental que pais, educadores e profissionais de saúde estejam atentos aos sinais de dificuldades emocionais e de aprendizagem. A comunicação aberta, o apoio mútuo e a busca por ajuda especializada são passos essenciais para construir um futuro onde o aprendizado seja sinônimo de bem-estar e realização”, conclui.

Da Redação

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