Por vezes, casos antigos retornam ao noticiário com a força de novas revelações – e no emblemático desaparecimento de Madeleine McCann, esse ciclo se repete. A menina britânica, que sumiu aos 3 anos durante férias com a família em Portugal, tornou-se símbolo de um dos mistérios criminais mais emblemáticos do século XXI. Agora, quase duas décadas depois, um jornal britânico revelou novos detalhes que podem oferecer respostas sombrias sobre seu destino.Segundo o tabloide The Sun, a polícia alemã encontrou um conjunto de provas perturbadoras em um esconderijo ligado a Christian Brueckner, principal suspeito pelo sequestro de Madeleine. Entre os itens localizados estão roupas e brinquedos infantis, máscaras, armas, produtos químicos e, principalmente, um disco rígido com imagens tiradas em Portugal – que, segundo o jornal, convenceram os investigadores de que Madeleine está morta.CONTEÚDO RELACIONADOSuspeito teria confessado o sequestro de Madeleine McCannPolonesa volta a dizer que é Madeleine McCann e mostra DNATeste de DNA revela se jovem é ou não Madeleine McCannO material foi descoberto em uma antiga fábrica desativada na cidade de Neuwegersleben, na Alemanha, adquirida por Brueckner em 2008. A polícia chegou ao local após uma denúncia feita por um vizinho sobre uma possível “cova” em 2016. A primeira vistoria revelou, sob o corpo de um cachorro morto, seis pen drives e dois cartões de memória com imagens descritas como perturbadoras, o que desencadeou uma investigação em larga escala.Quer mais notícias internacionais? Acesse o canal do DOL no WhatsApp.OBSESSÃO POR CRIANÇAS PEQUENASAinda de acordo com o The Sun, os arquivos encontrados apontam um padrão de obsessão de Brueckner por crianças pequenas. “Foi então que Christian fez um comentário sobre a menina desaparecida. O Christian perguntou se eu [Helge] ainda ia para Portugal, respondi: ‘Não vou mais para Portugal porque lá há muitos problemas, Portugal tem muitos policiais por causa da criança desaparecida. É realmente estranho que ela tenha desaparecido sem deixar vestígios’. Christian respondeu: ‘Sim, ela não gritou'”, relatou Helge Busching, amigo do suspeito, ao jornal alemão Bild.FANTASIAS DE SEQUESTROOs policiais também encontraram textos escritos pelo próprio Brueckner nos quais ele descrevia fantasias de sequestro, incluindo um episódio em que drogaria uma mãe e sua filha na porta de uma pré-escola. Algumas das substâncias mencionadas nesses relatos, como éter e clorofórmio, são justamente as que se suspeita terem sido armazenadas nos produtos químicos apreendidos em um de seus veículos – embora esses materiais não tenham sido testados antes de serem descartados.SELFIE EM BARRAGEMOutro ponto que chamou atenção dos investigadores foi uma selfie de Brueckner nu tirada na barragem de Arade, a 56 quilômetros da Praia da Luz – local que voltou a ser alvo de buscas em 2023. Um GPS indicou que ele retornou diversas vezes ao Algarve após o desaparecimento da menina.FOTOS DE MENINASAlém disso, os policiais localizaram uma mala contendo diversas fotos de meninas com idades entre quatro e cinco anos e 75 maiôs infantis. Brinquedos e bicicletas também estavam no local, aumentando as suspeitas de comportamento predatório.CONDENAÇÕES, ABSOLVIÇÕESBrueckner está preso desde 2018 por crimes relacionados a drogas. Em 2016, foi condenado por abusar de uma criança de cinco anos em um parque, e em 2019, sentenciado pelo sequestro de uma mulher norte-americana na mesma cidade portuguesa onde Madeleine desapareceu. Ele se tornou oficialmente o principal suspeito no caso McCann em 2020.Em outubro de 2024, Brueckner foi absolvido de outras cinco acusações de abuso infantil, não relacionadas ao desaparecimento de Madeleine. A promotoria recorreu da decisão, e ele segue preso até pelo menos setembro de 2025.CASO SEGUE ABERTOApesar das evidências reunidas e do convencimento das autoridades alemãs de que a menina foi morta logo após o sequestro, o corpo de Madeleine McCann jamais foi encontrado – mantendo em aberto um caso que continua a chocar o mundo.
Caso Madeleine McCann: novas provas reforçam suspeitas contra alemão
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