Monsenhor potiguar trabalha no Vaticano em meio ao conclave

O monsenhor potiguar Flávio José de Medeiros Filho, que pertence à Arquidiocese de Natal e está a serviço da Basílica Vaticana de São Pedro, na Cidade do Vaticano, é um dos religiosos em serviço em meio ao conclave que vai eleger o próximo papa.

O padre tem 48 anos e foi ordenado em agosto de 2005. Atualmente, é o cônego da Basílica de São Pedro e está em serviço durante o conclave. Seu papel foi destacado nacionalmente pela revista Piauí, que afirmou que, dentro do colégio sacerdotal, o monsenhor tem a função de primeiro cerimoniário da Basílica de São Pedro, dedicado a organizar o Rito nas celebrações internas do templo e acolher peregrinos para participar dos eventos litúrgicos.

A reportagem também lembrou que o potiguar vive na Casa Santa Marta — onde morou o papa Francisco, mas teve que deixar temporariamente seu apartamento em razão dos reparos necessários para abrigar os 133 cardeais que participam do conclave. Ele agora está hospedado num colégio dentro do Vaticano.

A Agência SAIBA MAIS buscou a Arquidiocese de Natal para conversar com o padre. A Arquidiocese, contudo, informou que, justamente por conta do conclave, o monsenhor Flávio está sem acesso à internet durante os dias de escolha do novo papa. Mas, um dia antes do início do conclave, ele gravou entrevista para a Rádio Rural de Natal, em que falou sobre seu trabalho, o clima no Vaticano e as expectativas para o novo papa.

A reportagem da Piauí informou que o monsenhor Flávio passou por voto de silêncio sobre o que acontecerá no conclave. Mas, à Rádio Rural, o monsenhor potiguar explicou que não se submete ao silêncio.

“O segredo é reservado para alguns cerimoniários pontifícios, para os funcionários que são da cozinha da Casa Santa Marta, alguns médicos que estarão a serviço do Colégio dos Cardeais, enfermeiros, pessoas que devem organizar. Nós estaremos aqui na Basílica acompanhando tudo, mas esse juramento sempre faz parte do conclave, para um grupo muito restrito de pessoas, que deverão ter contato com os cardeais durante as votações”, disse.

“Nós não estamos vinculados ao segredo. Nós aqui da Basílica somos o clero. A Basílica permanecerá aberta até o momento em que for eleito o Santo Padre, nós devemos garantir a atividade celebrativa dos fiéis que estarão frequentando a Basílica durante a eleição do Papa. Quando o Papa for eleito, então, a Basílica será esvaziada e será o procedimento da aparição pela primeira vez do novo Santo Padre, desde a sacada da Basílica de São Pedro”, continuou.

Monsenhor Flávio também foi questionado pelo jornalista Marcos Alexandre sobre a convivência dos cardeais que estão no conclave e como percebe o sentimento deles neste momento. 

“Eu estou sentindo muita tranquilidade, muita serenidade. Uma ou outra especulação, muitas vezes vem da mídia, que talvez tenha um alcance não muito eclesial, talvez tenha um alcance mais de especulação, de lógicas puramente humanas, que não são completamente o espírito daquilo que é a experiência do conclave. Mas eu noto tudo muito sereno, muita paz, muita tranquilidade. Vejo os cardeais, porque eles vieram todos os dias à Basílica de São Pedro para a celebração do funeral do Papa Francisco e depois dessa série de missas que foram celebradas. Todos eles com muita espontaneidade. Conhecemos vários deles, principalmente os que prestam o seu serviço na Cúria Romana, alguns dos quais, quase a grande maioria dos cardeais, já ultrapassaram os 80 anos, portanto, não irão entrar no conclave, mas estão todos imbuídos neste espírito de colaboração eclesial para o melhor, para o bem da Igreja”, afirmou.

O conclave iniciou nesta quarta-feira (7) sem uma definição na única votação do dia. Já nesta quinta (8), foram duas votações, e a fumaça voltou a sair preta.

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