O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) agradeceu publicamente à governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), e aos profissionais de saúde do Rio Grande do Norte que o atenderam após um episódio de crise abdominal ocorrido em abril, durante viagem pelo interior do estado. Mesmo sem citar nominalmente a chefe do Executivo estadual, Bolsonaro elogiou o apoio prestado pelo Governo do RN, que cedeu um helicóptero da Polícia Militar para sua transferência de emergência de Santa Cruz para Natal.
“Quero aproveitar o momento e mandar um abraço ao Hospital de Santa Cruz, Rio Grande do Norte, que foi o primeiro atendimento que eu tive, à base de morfina, mas foi um tratamento excepcional”, afirmou. Segundo ele, havia risco de perfuração intestinal, conforme avaliação do médico que o acompanha.
“Obrigado a governadora do Rio Grande do Norte que, juntamente com o respectivo secretário de Segurança, emprestou o helicóptero para me levar até Natal”, citou Bolsonaro, em entrevista ao Oeste Sem Filtro nesta terça-feira 6. O ex-presidente disse que a imprensa potiguar “bateu” nele por ter usado o helicóptero da PM do RN, mas lembrou que o equipamento havia sido comprado em seu governo.
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A crise de saúde ocorreu no dia 11 de abril, quando Bolsonaro se dirigia ao município de Acari para iniciar uma série de visitas políticas. Com fortes dores abdominais, ele foi levado inicialmente ao Hospital Municipal de Santa Cruz. De lá, foi transferido em um helicóptero da Polícia Militar para Natal, desembarcando no heliponto do Hospital Walfredo Gurgel, onde foi recebido pelo secretário estadual de Saúde, Alexandre Motta. Em seguida, foi encaminhado de ambulância para o Hospital Rio Grande, onde ficou internado até o dia 12.
Na ocasião, Fátima Bezerra determinou “total empenho e providências” às equipes das secretarias estaduais de Saúde (Sesap) e Segurança Pública (Sesed) para prestar assistência ao ex-presidente.
Após a passagem por Natal, o ex-presidente foi transferido para Brasília em uma UTI aérea. No dia 13, passou por uma cirurgia de 12 horas no Hospital DF Star para corrigir aderências intestinais e reconstruir a parede abdominal. Esta foi mais uma das complicações decorrentes da facada sofrida por Bolsonaro durante a campanha eleitoral de 2018. Desde então, ele já foi submetido a diversas cirurgias relacionadas ao episódio.
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