A Prefeitura de Natal anunciou, nesta semana, a contratação emergencial de 55 leitos em hospitais particulares da capital potiguar. A medida visa aliviar a superlotação nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), que vêm enfrentando alta demanda e longas filas de espera. Os leitos serão distribuídos entre três instituições de saúde privadas da cidade.
Conforme informações publicadas pelo G1 RN, os leitos serão alocados da seguinte forma: 20 no Hospital Severino Lopes, 15 no Vita – Centro de Cuidados Extensivos, e 20 no Hospital Rio Grande. Todos funcionarão dentro do Sistema Único de Saúde (SUS), com regulação feita pela Secretaria Municipal de Saúde. O custo estimado da contratação é superior a R$ 1 milhão por mês, valor que será coberto por recursos federais remanejados pelo município.
De acordo com o secretário de Saúde de Natal, Geraldo Pinho, os atendimentos nos novos leitos devem começar na próxima semana. “Precisamos de mais leitos de retaguarda, tanto psiquiátricos quanto de enfermaria, e essa contratação emergencial busca justamente isso: desafogar e amenizar a superlotação temporária das nossas UPAs”, afirmou.
A expectativa é que a medida emergencial permaneça em vigor até a abertura da primeira etapa do Hospital Municipal de Natal, cuja inauguração está prevista para ocorrer entre os meses de agosto e setembro. A nova unidade, localizada no conjunto Cidade Satélite, contará com 100 leitos — 90 de enfermaria e 10 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
A crise nas UPAs tem sido motivo de preocupação. Na UPA da Cidade da Esperança, na zona Oeste da capital, pacientes relataram superlotação e demora no atendimento, especialmente na noite da última quarta-feira 30 e madrugada da quinta-feira 1º. Crianças com febre alta estavam entre os pacientes que aguardavam por horas por atendimento médico.
Na zona Norte, a UPA Potengi também registrou tensão. Um paciente exaltado teria desacatado profissionais de saúde e agredido um guarda municipal, sendo necessária a intervenção da Guarda Municipal para conter a situação.
A prefeitura espera que a contratação emergencial dos leitos represente um alívio imediato, enquanto a rede pública municipal aguarda a ampliação com a inauguração do novo hospital.
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