Ligya Alcantarino celebra 45 anos de carreira na cena musical brasileira com o show de seu álbum “Atemporal”, em que revisita canções íntimas e trabalhos compartilhados com seus parceiros. “Blues gay”, “Me faz feliz”, “Espaço aberto”, “Dai-me luz” e “Luana” são gravadas com a participação especial de Tielo Filippo, enquanto “Sonhos são mensagens” e “Por aí” são gravadas com a participação especial de Victor Biglione. O show que acontece na Festa do Trabalhador, nesta quinta-feira (1) às 15h, na Praça Menelick de Carvalho, é o lançamento desse trabalho, que inclui 13 músicas, sendo uma delas em homenagem a Rita Lee. Produtora musical de Dudu Lima, ela também divide a festa com ele, que lança o álbum “Live in Brazil”.
Algumas das faixas lançadas no álbum foram remasterizadas, e trazem novamente as histórias de sua vida, sempre marcadas pelas inspirações que fizeram com que ela fosse compor. O primeiro trabalho de Ligya assim foi aos 12 anos, com o violão do pai, e desde então não se cansou mais da área. “Nem me considero tanto cantora, falo que sou uma compositora que canto as minhas músicas”, conta e ri. A banda que a acompanha é composta por Sergio Leite (teclados e direção musical), Pedro Brum (guitarra), Paulinho Glanzmann (baixo), Leandro Scio (bateria) e as participações especiais de Alice Santiago, Sarah Vieira, Tata Rocha (vocais), Hermanes Abreu (violão) Amanda Martins (flauta) e Tielo Filippo (guitarra).
Para ela, o show também vai evidenciar suas influências e as possibilidades que teve em contato com a cena juiz-forana, que define como cheia de talentos e de grandes nomes. “Fui muito influenciada pelo Clube da Esquina e Rita Lee. São letras que refletem o meu olhar no mundo, sempre jogando uma energia pra cima nas letras e nas melodias”, destaca. Olhar mais uma vez para esses trabalhos também fez com que ela percebesse como “vive de ideias”, podendo sempre criar e tornar planos realidade, com sua capacidade “articuladora” — seja no trabalho como compositora, intérprete ou produtora musical. “Hoje, temos uma possibilidade que não tínhamos. Eu, que sou da era do vinil, me impressiono. As plataformas digitais permitem um alcance muito diferente.”
O álbum foi chamado de “Atemporal” justamente porque cada canção retrata um momento de toda essa caminhada. “São composições desde os anos 1990 até o presente. Reunir essas músicas significa, para mim, fechar um ciclo da minha vida, um ciclo que é muito forte”, diz. Para ela, ainda, poder reunir toda essa gente e ter apoio cultural para ir aos palcos deram também um “frescor” para as músicas que estavam lançadas desde dezembro.
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Sobre as novas músicas
Além das canções que foram remasterizadas, ela também trouxe duas que não são conhecidas ainda pelo público. É o caso de “Gratidão” e “Há de chegar”. “‘Gratidão’ surgiu durante a pandemia. Fala sobre agradecer por estar vivo, “por ter sobrevivido àquele inferno todo”, relembra. Já “Há de chegar” é um trabalho que fez há 30 anos, e que fala sobre liberdade. “Vou estar com o Hernanes, que fez os arranjos, no palco. Eu acabei não gravando a música antes, mas vai ser emocionante tocar com ele, isso tudo depois de tantos anos de amizade”, diz.
Dudu Lima também celebra 40 anos nos palcos
Na Festa do Trabalhador, Dudu Lima também celebra seus quarenta anos nos palcos e lança “Live in Brazil”, gravado ao vivo durante uma edição especial do Ibitipoca Jazz Festival, nas montanhas de Minas Gerais. Um dos grandes parceiros de Ligya, que é sua produtora musical, o álbum é uma realização da Gravatás Arte & Cultura, dirigida pela produtora Ligya Alcantarino, em parceria com a Amanita Produções (Flávia Gouvêa), com lançamento internacional pela XpandMusic.
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