O Cineclube Areal estreia amanhã, quarta-feira (29), em Parnamirim, na sede da Nobir Produtora (Av. Tenente Cordeiro, 436, Centro) às 19h, com uma proposta de exibição independente e promoção de debates críticos sobre o audiovisual. A sessão inaugural será marcada pela exibição de dois filmes dirigidos por mulheridades, e contará com mediação de debates acessíveis, com intérprete de Libras.
O público terá a chance de assistir ao documentário O Bem Virá (Uilma Queiroz, 2020), um relato impactante sobre a resistência de treze mulheres sertanejas que enfrentaram a fome, o machismo e a violência em busca de um futuro melhor. O longa destaca um momento histórico pouco lembrado, reforçando o protagonismo feminino e suas lutas no sertão do Pajeú pernambucano.
A programação também inclui curtas-metragens com direção de pessoas dissidentes de gênero. A curadoria busca ampliar as vozes que, muitas vezes, não têm espaço nas grandes telas. “Queremos ser um espaço de reinvenção e valorização de narrativas que raramente chegam às grandes telas”, explica Ádila Santos, idealizadora do projeto.
Vagas limitadas
Para garantir seu lugar, preencha o formulário e participe da sessão inaugural. O Cineclube Areal é um espaço pensado para acolher todos, com sessões acessíveis para pessoas surdas e um Espaço Kids, conforme demanda. Formulário de Inscrição
Detalhes da programação
- Pedras não flutuam (Lara Ovídio, RN, 8min, 2019) – Classificação: Livre
O documentário narra a história da cidade de São Rafael Velha, no interior do Rio Grande do Norte, submersa pela Barragem Armando Ribeiro Gonçalves nos anos 1980. Com a seca de 2013, as ruínas da cidade ressurgem, e o filme propõe uma reflexão sobre o irreparável e a resistência das memórias apagadas. - O Bem Virá (Uilma Queiroz, PE/BR, 78min, 2020) – Classificação: 10+
Em 1983, durante uma estiagem no sertão do Pajeú, treze mulheres grávidas enfrentaram a fome e o machismo em busca de sobrevivência. O documentário, a partir de uma foto histórica, acompanha essas mulheres e suas filhas, revelando suas histórias e a esperança que carregavam para além da seca.
Em Parnamirim, a oferta de espaços culturais e a programação de cinema gratuito são ainda escassas. Com poucas opções para o público acessar produções cinematográficas independentes e debates críticos sobre o audiovisual, o projeto surge como uma alternativa. Ao proporcionar um espaço acessível e democrático para a exibição de filmes e a troca de ideias, o Cineclube Areal preenche uma lacuna importante no cenário cultural local.
O Cineclube Areal é uma janela de exibição independente, voltada para a veiculação de produções no formato de curtas-metragens e longas-metragens dirigidos por mulheridades e pessoas dissidentes de gênero, com ênfase em narrativas do Sul Global. O projeto acontece com apoio da Fundação José Augusto, da Secretaria de Cultura do Rio Grande do Norte, por meio da Lei Paulo Gustavo, com recursos do Ministério da Cultura e do Governo Federal.
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