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A alternativa ferroviária a ser construída entre o Brasil e o Peru seria uma resposta ao movimento dos Estados Unidos, de pressionar os panamenhos a fechar o Canal do Panamá para os interesses econômicos da China.“São estatais chinesas. Eles têm interesse geopolítico e é razoável supor que haja uma margenzinha de risco que eles corram, porque eles querem fazer uma parceria com o Brasil, que é no quintal dos Estados Unidos. Então, a geopolítica pode convir. É uma possibilidade real”, assegurou Florence.A possibilidade não é nova. Os chineses demonstram interesse nesse corredor ferroviário desde, pelo menos, 2016. Porém a movimentação do atual presidente norte-americano Donald Trump junto ao Panamá tornou mais urgente a criação de alternativas por parte do governo da China.O traçado exato desse corredor ferroviário ainda não está totalmente definido, já que depende de diversos estudos, mas a tendência é que, além da Bahia, os trens passem pelos estados de Goiás, Mato Grosso, Rondônia e Acre, antes de chegar ao Peru. Especula-se que o custo total desse investimento chegue a R$ 30 bilhões.Apesar do governo baiano estar acompanhando de perto toda a situação, a negociação com as estatais chinesas tem sido conduzida pelo governo federal, através da Casa Civil — do ministro baiano Rui Costa (PT) — e da Secretaria Nacional de Transporte Ferroviário.