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Fábio Nunes/ AT
Se antes a Medicina se baseava apenas em sinais e sintomas para indicar diagnóstico e tratamento mais próximo da realidade do paciente, hoje as análises evoluíram.Profissionais de saúde têm aplicado a medicina de precisão, tipo de assistência focada nas características de cada paciente, para indicar os tratamentos mais personalizados.Com a Inteligência Artificial (IA), especialistas afirmam que mais pacientes podem ter acesso a melhores diagnósticos, além de qualidade de vida.Esse é um dos assuntos que serão abordados na Expolife 2025, evento que une ciência, saúde, inclusão, inovação e bem-estar e acontece hoje e amanhã no Ilha Buffet Álvares Cabral, em Vitória, com entrada gratuita.O médico Marc Storck é um dos palestrantes que vai ministrar a palestra “Futuro da Saúde: como a Inteligência Artificial está mudando o cuidado personalizado com a Medicina de Precisão”. Ele vai apresentar, amanhã, as últimas inovações tecnológicas, como terapias gênicas para disfunções genéticas e doenças do sangue, além de problemas neurológicos e na tireoide, mostrando como a inteligência artificial está transformando a medicina e oferecendo novas esperanças para os pacientes.Entre as ferramentas que têm ajudado os pacientes está o equipamento ES Complex. “Ele foi desenvolvido há pouco mais de duas décadas, com o objetivo de evitar mortes nos campos de futebol europeu. Todos os jogadores eram obrigados a serem submetidos a esse exame para entrar em campo. Isso foi trazido para o Brasil. Ele nos dá, com a IA, uma leitura radicalizada do corpo, fazendo a predição do que está alterado e os riscos que o paciente corre”.Hoje (23), a Expolife irá sediar a primeira edição do Encontro dos Conselhos de Saúde do Espírito Santo, promovido pelo Conselho Regional de Educação Física do Espírito Santo (CREF22/ES), que vai abordar o tema “Saúde 4.0: O papel da equipe multidisciplinar na qualidade de vida e longevidade”. Quem abre a série de palestras, às 14h, é o Fabio Carvalho, do Instituto Nacional do Câncer (INCA), do Ministério da Saúde.Haverá ainda palestra com o neurologista infantil Thiago Gusmão, sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) como parte da programação do Descomplica Autismo.A Tribuna – Como você vê a Inteligência Artificial sendo aplicada na medicina?Marc Storck – Um eixo fundamental que já vem desenrolando há algum tempo é sobre diagnóstico. Para o diagnóstico, a IA conseguiu cumprir um papel de rastreamento absurdo. Ela consegue ver até aquilo que o olho humano pode ter dificuldades. Também vemos sua funcionalidade em fármacos, como no PeptiStrong. Esse ativo foi desenvolvido com a velocidade empreendida com a inteligência artificial. Se fôssemos pelos caminhos comuns, levaríamos séculos para conseguir a molécula, que é um peptídeo. Ele é quatro vezes mais forte e potente para criar músculos e força muscular.AT – Estamos caminhando para ter uma medicina mais personalizada com a IA?MS – Sem dúvida. Pessoas não conseguiam ver aplicação em ferramentas como genomas humanos, mas com a Inteligência Artificial é possível ver a quantidade de gente com doenças.