Em entrevista coletiva na noite desta segunda-feira, 14, o delegado Igor Diego afirmou que a Polícia Civil de Alagoas segue com duas linhas de investigação sobre o desaparecimento da bebê Ana Beatriz Silva de Oliveira. No Centro Integrado de Segurança Pública (CISP) de Novo Lino, cidade onde a menina residia que a família, o responsável pela investigação disse que um ponto trabalhado é de que a recém-nascida ainda esteja viva e o outro é a hipótese da neném ter falecido, neste caso, a localização do corpo e posteriormente a motivação e autoria. O crime de sequestro está descartado.
“A investigação continua e temos duas situações a verificar: onde está a pequena Ana Beatriz. É uma situação dela com vida. Se alguém tiver alguma informação, pode nos passar pelo canal 181, que nós iremos checar qualquer informação. A população pode ficar tranquila, que terá a identidade completamente preservada e vai estar contribuindo demais com a segurança pública de Alagoas, com a família, com a cidade de Novo Lino, que é encontrar essa criança ainda com vida”, pediu o delegado à sociedade.
Sobre a segunda linha de investigação, Igor Diego revelou que a mãe da bebê deu cinco versões diferentes sobre o que teria acontecido com a criança.
“E a outra linha de investigação, infelizmente, pelo que apuramos, dela (bebê) já estar doentinha, ter passado por um problema, pode ter vindo a óbito, é apenas outra linha de investigação. E por conta disso nós realizamos o trabalho que não poderia deixar de ser feito, que é o trabalho das buscas. Nós varremos todo perímetro de onde isso aconteceu. Estamos continuando as investigações com essas duas linhas: para encontrar a Ana Beatriz com vida e aprofundar esses fatos em relação à mãe, que está muito debilitada com essa situação toda. Precisa de atendimento psicossocial, precisa de proteção, aqui não estamos tratando ela como culpada ou inocente, tem a questão humana que deve ser preservada neste primeiro momento”.
O Corpo de Bombeiros informou que vai continuar com as buscas nesta terça-feira, 15. Eduarda Silva de Oliveira, mãe da bebê, passou mal e precisou ser socorrida no começo da noite em uma ambulância do município. A defesa da mulher, representada pelo advogado José Weliton, disse que ela está colaborando com as autoridades, mas reforçou que a mãe também está em período pós-parto e pode a qualquer momento ter indício de depressão.
O caso teve reviravolta após o delegado Igor Diego, diretor da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco) da Polícia Civil, ter afirmado, em novo depoimento nesta manhã, que a mãe alterou a versão do que teria ocorrido na sexta-feira – de que a menina teria sido sequestrada à força por um grupo armado às margens da BR-101 naquela manhã. O caso ainda não foi esclarecido após quatro dias de investigação.