Presidente do PP na Bahia não teme saída de prefeitos após federação

O presidente estadual do PP e deputado federal Mário Negromonte Jr., não teme uma possível debandada de prefeitos do partido caso a federação com o União Brasil seja mesmo concretizada.Na avaliação do cacique progressistas, ainda restam muitas dúvidas em relação ao processo e por conta disso, as conversas precisam ser aprofundadas dentro da legenda.

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“Toda ação há uma reação. Mas é claro que ainda vai conversar depois que acontecer. Eu não vou me preocupar com antecedência, mas lógico, quando acontecer a gente vai conversar, até porque a eleição municipal já passou, os prefeitos só vão se preocupar mesmo com a eleição estadual no próximo ano, em 2026”, disse o deputado em entrevista ao Portal A TARDE na manhã desta segunda-feira, 7, durante agenda no CAB.“A gente sabe que toda federação tem problema. Aqui mesmo no estado, temos partidos que perderam deputados com mandato por causa da federação. Vamos aguardar, vamos ver como é que vai ficar. O partido progressista é um partido forte, que vai estar sempre muito bem posicionado nacionalmente e aqui no estado. É um partido de um número muito fácil, o número 11, que muita gente gosta, se identifica, tem história. As pessoas vão pensar muito antes de sair”, acrescentou.Negromonte Jr. também acredita que a relação pessoal dele com os gestores pode pesar na decisão de permanência ou não na legenda. “O partido hoje está dividido aqui no estado. Muitas pessoas que estão no partido estão muito vinculadas a mim. Eu tenho alguns desses 41 prefeitos, se não boa parte deles, então, eles vão aguardar também uma posição minha e de outros membros do nosso partido”, pontuou.Em março, a direção nacional do PP aprovou a proposta de federação com o União Brasil. Agora, o partido comandado por Antônio Rueda vai se reunir para definir os próximos passos da aliança, que esbarra em interesses regionais para ser efetivada. O encontro ainda não tem data definida.Na Bahia, por exemplo, a federação deve ser liderada pelo União Brasil, partido de oposição ao governador Jerônimo Rodrigues (PT). O PP busca oficializar a retomada da relação com a base governista, rompida em 2022. Caso se confirme, a conjunção vai formar a maior bancada da Câmara dos Deputados, com 108 deputados, ultrapassando o PL, com 92 deputados, e a federação que reúne PT, PCdoB e PV, que soma 80 cadeiras. No Senado a bancada seria de 13 membros, a terceira maior da Casa.

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