ONU condena ofensiva de Israel a campo de refugiados em Jenin, na Cisjordânia

O Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) condenou à ofensiva israelense no campo de refugiados de Jenin, localizado no norte da Cisjordânia ocupada.Nesta semana, as forças de ocupação israelenses lançaram sua maior ofensiva na Cisjordânia ocupada desde a Segunda Intifada, atingindo três cidades – Jenin, Tulkarm e Tubas – por terra e ar e matando pelo menos 17 palestinos. O local teria ficado isolado por quatro dias devido a uma operação militar israelense.Neste sábado, o conflito escalou ainda mais. Segundo informações divulgadas pela agência de notícias oficial da Palestina, a Wafa, as forças de ocupação israelenses armadas teriam invadido neste sábado várias casas de civis no campo de refugiados de Jenin, saqueando casas de civis.”O Escritório de Direitos Humanos da ONU condena o uso de força ilegal pelas forças de segurança israelenses (ISF) durante operações militarizadas na Cisjordânia ocupada e pede o fim imediato do atual ataque ao campo de refugiados de Jenin”, disse em nota enviada à imprensa.O comunicado detalha que a operação das ISF em Jenin e áreas adjacentes resultou em mortes que parecem ser ilegais, além de terem causado insegurança para os residentes palestinos e uma destruição significativa do campo, que atualmente abriga cerca de 11.000 palestinos.O ACNUDH destacou ainda a preocupação com o uso de armas e táticas militares por parte das forças de ocupação israelenses, apontando que o cenário vivido nos últimos dias demonstra uma escalada de violência na Cisjordânia ocupada.O comunicado também menciona uma decisão recente do Tribunal Internacional de Justiça, que declarou a presença de Israel nos Territórios Palestinos Ocupados como ilegal, apelando para o fim da ocupação.Ainda em nota, a entidade enfatizou que Israel deve aderir às leis de ocupação, garantindo a segurança da população palestina e cumprindo com os padrões internacionais de direitos humanos.Segundo informações divulgadas pela BBC, as primeiras famílias começaram a deixar o campo de refugiados de Jenin, no norte da Cisjordânia ocupada, que estava isolado por quase quatro dias devido a uma operação militar israelense.
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