UFRN, Ufersa e IFRN param em protesto ao descumprimento do acordo de greve

Servidores técnico-administrativos da UFRN, Ufersa e IFRN realizam um dia de paralisação nesta terça-feira (11) exigindo o cumprimento integral do acordo de greve, que encerrou no ano passado. No caso do IFRN, a paralisação também ocorre na quarta (12).

Segundo Wellington Soares, da coordenação jurídica do Sintest (Sindicato Estadual dos Trabalhadores em Educação do Ensino Superior do Rio Grande do Norte), o acordo foi conquistado após 120 dias de greve. A paralisação foi chamada pela Fasubra, federação da qual o Sintest faz parte.

“O descumprimento é ocasionado pelo congresso federal que até presente data ainda não aprovou a Lei Orçamentária Anual, impossibilitando o cumprimento do acordo pelo executivo”, explica.

Em Natal, os servidores realizaram um ato em frente à Faculdade de Odontologia da UFRN, na Av. Senador Salgado Filho, a partir das 9h. Já em Mossoró, acontecerá uma blitz em frente ao Campus leste da Ufersa, às 16h, com entrega de panfletos.

Sobre o ato ocorrido na capital potiguar, o coordenador classifica como um sucesso. 

Foto: Danielle Castro

“Tivemos uma quantidade expressiva [de servidores] que paralisaram as atividades no dia de hoje, em protesto à inércia dos deputados e senadores”, aponta.

Wellington também informou que os servidores vão se reunir no período de 14 a 16 de março em plenária nacional da Fasubra, onde será avaliado e discutido os avanços do cumprimento do acordo, podendo ser deliberado um indicativo de greve, já que não houve o cumprimento integral das cláusulas do acordo.

IFRN

De acordo com Diego Cirne, coordenador geral do Sinasefe Natal — entidade que reúne os servidores do IFRN —, as paralisações são resultado de uma jornada de lutas nacional. 

“Pelo Brasil todo, essas paralisações aconteceram nas instituições de ensino, UFs, IFs e afins, porque além da não aprovação da LOA [Lei Orçamentária Anual], o que acarretou em a gente não receber o aumento prometido em janeiro, muitas questões relacionadas ao acordo que encerrou a greve ano passado não foram cumpridas por parte do governo federal”, explica.

“Então há um descontentamento geral das categorias ligadas à educação e as manifestações estão pelo país todo, em Brasília, caravanas, ações concentradas em aeroportos reivindicando a parlamentares a aprovação da LOA pelos ministérios, Palácio do Planalto e lugares estratégicos para a gente chamar atenção para nossa causa”, diz o dirigente sindical.

Por parte do Sinasefe, explica Cirne, existe um calendário de lutas “para que o governo seja pressionado, recorde do que nos prometeu e não cumpriu”. Ele, no entanto, afirma que não existe, até o momento, nenhum indicativo de greve.

“E a gente espera não precisar de uma nova greve para que o governo cumpra aquilo que nos prometeu e assinou no acordo de greve do mês passado. Não é a nossa intenção e a gente espera que com essas reivindicações, com essas manifestações, paralisações, os ofícios que semanalmente os sindicatos mandam para o MGI [Ministério da Gestão e Inovação], para o MEC [Ministério da Educação], resolvam essa questão.”

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