Oficial de Justiça é brutalmente espancada por PM após entregar intimação ao filho do militar

Maria Sueli Sobrinho
Maria Sueli Sobrinho

No último sábado, 8 de março de 2025, Dia Internacional da Mulher, a oficial de justiça Maria Sueli Sobrinho foi vítima de agressão física enquanto cumpria suas funções profissionais em Ibirité, região metropolitana de Belo Horizonte. O incidente ocorreu durante o cumprimento de um mandado judicial no Bairro Novo Horizonte, quando Maria Sueli foi atacada por um sargento da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG). O nome do agressor é Daniel Wanderson do Nascimento, de 49 anos.

De acordo com o relato da oficial, ao procurar pela pessoa a ser intimada, o sargento Daniel Wanderson do Nascimento se apresentou inicialmente como o destinatário. Posteriormente, ele indicou outra pessoa, alegando ser seu enteado e o verdadeiro alvo da intimação. Diante da informação contraditória, Maria Sueli questionou o sargento sobre a inconsistência, o que teria desencadeado uma reação agressiva por parte dele.

Conforme o relato da oficial, o sargento aproximou-se de forma intimidatória. Maria Sueli mencionou que, caso fosse agredida, acionaria uma viatura policial. Nesse momento, o sargento teria desferido uma cabeçada em seu rosto, seguida de um soco que a derrubou ao chão. Após a agressão, ele teria afirmado que se tratava apenas de lesão corporal e que “não daria em nada” para ele.

Ferida, Maria Sueli conseguiu ligar para o marido, que é major da PM, solicitando apoio. O agressor fugiu do local, mas foi localizado e detido horas depois por uma equipe do 48º Batalhão da PMMG.

Devido às lesões, a oficial de justiça foi encaminhada a um hospital para avaliação médica, onde aguardava atendimento de um ortopedista para verificar possíveis fraturas no nariz. Ela relatou sentir dores intensas, além de inchaço no rosto. Em entrevista, Maria Sueli desabafou sobre o impacto psicológico do ocorrido: “Além da dor física, psicologicamente estou um caco. Não sei como vou fazer para voltar a trabalhar”.

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) emitiu nota repudiando a agressão sofrida pela servidora e ressaltou que o fato é inaceitável, especialmente por ter ocorrido no Dia Internacional da Mulher. O TJMG afirmou que acompanhará a apuração do caso até seu desfecho.

O Sindicato dos Oficiais de Justiça do Estado de Minas Gerais (SINDOJUS MG) também manifestou repúdio ao ocorrido, classificando-o como um ataque à Justiça e ao Estado Democrático de Direito. A entidade destacou a necessidade urgente de medidas de proteção e valorização da categoria, enfatizando a vulnerabilidade enfrentada pelos oficiais de justiça no exercício de suas atividades.

A Polícia Militar de Minas Gerais informou que o sargento envolvido na agressão estava fora de serviço no momento do incidente. A corporação ressaltou que todas as providências de Polícia Judiciária e de Polícia Judiciária Militar foram adotadas, e que o caso está sendo investigado pelas autoridades competentes.

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