Vereadora cobra fim de submissão dos vereadores de Natal ao Seturn

A vereadora Samanda Alves (PT) criticou a relação histórica entre a Câmara Municipal de Natal e o Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Natal (Seturn), cobrando um posicionamento independente dos parlamentares diante da crise no transporte público da cidade. Durante entrevista, Samanda afirmou que a submissão de parte dos vereadores ao sindicato precisa chegar ao fim para que o sistema de transporte público seja reformulado.

“A gente espera que nossos colegas percebam que não é dar um subsídio de 60 milhões de reais para o Seturn antes de fazer a licitação que vai resolver o problema do transporte público”, disse a parlamentar. A Prefeitura de Natal encaminhou à Câmara um projeto que prevê a transferência de R$ 60 milhões para as empresas de ônibus, sem a realização de um novo processo licitatório para o setor.

Para Samanda, a situação do transporte público exige a reavaliação do papel do Legislativo na defesa dos interesses da população. “Que essa submissão da bancada, que essa submissão de parte dos vereadores ao Seturn, que ela tenha um fim”, afirmou.

A parlamentar destacou que a recente campanha eleitoral evidenciou a insatisfação da população com o atual sistema de transporte. “Os vereadores acabaram de sair de uma eleição, eles ouviram o grito por todas as quatro zonas de Natal da população em relação ao transporte público, em relação à pauta das creches”, declarou.

Samanda ressaltou que é preciso estabelecer um consenso mínimo na Câmara para que haja avanço nas discussões sobre a mobilidade urbana. “O grande desafio vai ser a gente conseguir dialogar. A gente, apesar das divergências de cada partido, de cada parlamentar, como é que a gente encontra ali um ponto em comum para tocar as demandas que a população tem gritado após o transporte público”, afirmou.

O setor de transporte público de Natal enfrenta reclamações recorrentes de usuários devido à precariedade do serviço, com redução da frota, atrasos e aumento das tarifas. A necessidade de uma nova licitação para recompor o sistema tem sido uma demanda crescente da população e de entidades que atuam na mobilidade urbana. O projeto de subsídio de R$ 60 milhões segue em tramitação na Câmara.

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