Litoral paranaense registra queda no número de adolescentes grávidas

Na semana passada, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgou o menor patamar em cinco anos no número de adolescentes grávidas no Paraná. A redução foi de 38% no Estado entre 2019 e 2024. O litoral paranaense também registrou queda nos índices.

De acordo com informações divulgadas pela Sesa, em 2019, eram 28 meninas abaixo de 15 anos grávidas entre os municípios da região. Em 2024, foram 17. Já na faixa etária de 15 a 19 anos no litoral, o número passou de 657 adolescentes grávidas, em 2019, para 386 em 2024.

O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, destacou que a gravidez na adolescência pode apresentar riscos à saúde e mudanças repentinas na vida das meninas. “Garantimos o acesso e a atenção integral e de qualidade neste momento da vida, desde a gestação, nascimento e puerpério, mas precisamos trabalhar enquanto sociedade, principalmente no acesso à informação e métodos contraceptivos, para evitar a gravidez de menores de idade”, frisou Beto Preto.

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Para a adolescente gestante existe maior risco de mortalidade materna
(Foto: Ari Dias/AEN)

A campanha Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência tem como objetivo divulgar medidas preventivas e educativas para reduzir a incidência de gestações nessa fase da vida. A iniciativa está alinhada com as ações e metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs), da Organização das Nações Unidas (ONU), e integra a estratégia global para mulheres, crianças e adolescentes 2016-2030. O ODS 5 fala sobre a igualdade de gênero, com o objetivo de alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas.

“O acesso às informações, educação sexual e o conhecimento dos métodos contraceptivos são fundamentais para que os índices se mantenham baixos”, afirma a chefe da Divisão de Atenção à Saúde da Mulher da Sesa, Carolina Poliquesi.

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A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que a gestação na adolescência é uma condição que eleva a prevalência de complicações para a mãe, para o feto e para o recém-nascido, além da possibilidade de agravamento de problemas socioeconômicos já existentes. 

Ainda segundo a OMS, para a adolescente gestante existe maior risco de mortalidade materna. Já para o recém-nascido, o risco aumenta para anomalias graves, problemas congênitos ou traumatismos durante o parto (asfixia, paralisia cerebral, entre outros).

Outros riscos para a mãe adolescente e para o filho recém-nascido são:

  • Ausência de amamentação;
  • Omissão ou recusa do pai biológico ou parceiro pela responsabilidade da paternidade;
  • Possibilidade de rejeição da família ou expulsão da adolescente e do recém-nascido do convívio familiar;
  • Vulnerabilidade social, pobreza, situações de risco (migração, situação de rua, refugiados) e falta de suporte familiar, pobreza ou;
  • Quando a mãe adolescente abandonou ou foi excluída da escola, interrompendo a sua educação e dificultando sua inserção no mercado de trabalho.

Com informações da Sesa e Ministério da Saúde

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