Após atropelamento por moto aquática, MPF cobra organização de áreas nas praias de Maragogi

Banhista foi atingida por moto aquática em praia de Maragogi

Após uma banhista ser atingida por uma moto aquática na praia de Maragogi, o Ministério Público Federal (MPF) deu para a prefeitura até o dia 22 de novembro para apresentar um plano de uso e ocupação das praias. O documento é essencial para garantir a organização e o uso seguro das áreas litorâneas.

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A recomendação do MPF prevê, entre outras medidas, a implementação de um plano de uso e ocupação das praias, com o apoio da Capitania dos Portos. O objetivo é delimitar áreas específicas para banhistas, esportes náuticos e tráfego de embarcações, promovendo uma convivência harmoniosa entre os diferentes usuários do espaço público. Após a efetivação do plano, o município deverá divulgar informações de segurança e educação voltadas aos turistas e à população local.

Após o recebimento da recomendação expedida pelo MPF, o município solicitou um prazo de 120 dias para a elaboração do plano, justificando a necessidade de maior tempo para assegurar um planejamento adequado e eficaz. O procurador da República Lucas Horta atendeu ao pedido, considerando que a gestão municipal informou já estar desenvolvendo o plano, envolvendo diferentes áreas e buscando garantir a preservação ambiental e a segurança dos banhistas. Além disso, o município se comprometeu a cumprir as recomendações, destacando a importância da proteção ambiental e do uso responsável dos recursos naturais.

A decisão do MPF de expedir a recomendação, ainda em julho, foi motivada por preocupações com a segurança dos banhistas e a necessidade de proteger as áreas de preservação ambiental. O uso desordenado de embarcações motorizadas nas praias de Maragogi, como constatado na Praia de Antunes, representa um risco à segurança pública e ao meio ambiente. O MPF reforça que, caso as medidas recomendadas não sejam adotadas, ações administrativas e judiciais poderão ser adotadas.

Durante a Operação Verão de 2023, a Capitania dos Portos de Alagoas realizou a fiscalização de 173 motos aquáticas em Maragogi, resultando em 19 notificações e 5 apreensões por infrações que colocavam em risco a segurança da navegação. Essas ações integram um esforço da Capitania para estabelecer normas claras e seguras de uso das praias, junto às prefeituras municipais, visando garantir a segurança de todos.

O MPF segue acompanhando o caso por meio do inquérito civil que apura as condições de uso das embarcações motorizadas e os impactos ambientais na região.

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