Lucho fez o gol do empate do Bahia com o Cruzeiro
| Foto: Rafael Rodrigues/EC Bahia
E ter participação decisiva dos integrantes do banco de reservas não é novidade para o Bahia. Ao todo, 11 dos 40 gols no Brasileiro foram marcados por jogadores que começaram no banco. O Tricolor é líder nesse quesito. Flamengo, com 10 gols de suplentes, e Botafogo, com 9, são os mais próximos na lista.Com apenas um jogo como titular, Luciano Rodríguez fez todos os três gols com a camisa do Esquadrão sendo acionado no segundo tempo. Além do gol contra o Botafogo, que valeu a classificação para as quartas de final da Copa do Brasil, ele marcou também nos 3 a 0 contra o Atlético e no 1 a 1 contra o Cruzeiro. Apesar de dois gols em 11 participações pelo Brasileiro parecer pouco, ele tem tempo total em campo de apenas 252 minutos na Série A, inferior, portanto, a três jogos completos.
Luciano Rodríguez em treino do Tricolor
| Foto: Letícia Martins/EC Bahia
E a participação efetiva dos suplentes na artilharia tricolor não é novidade. Desde a estreia, contra o Inter, quando Biel entrou e marcou, isso vem acontecendo. O camisa 11 fez outros dois gols nessas condições, no Ba-vi, e contra o Cruzeiro, também no primeiro turno.Os dois jogos foram icônicos. No clássico do primeiro turno, o Tricolor perdia por 2 a 0, até que Biel e Everaldo saíram do banco e fizeram os gols do empate. Contra o Cruzeiro, a virada foi impressionante. O Bahia venceu por 4 a 1, com grande atuação de Biel, que fez um gol. Também saindo do banco, Óscar Estupiñán fez dois. O colombiano, que já deixou o clube, fez ainda gol fundamental para outro triunfo, contra o Vasco, também saindo do banco.Ratão, contra o Botafogo, em um dos triunfos mais marcantes da campanha, e Ademir, em empate contra o Atlético Mineiro, foram os outros suplentes que foram às redes no Brasileiro.
Ratão tem entrado bem, mas segue como opção para o segundo tempo
| Foto: Rafael Rodrigues/EC Bahia
O melhor momento do Esquadrão no Brasileiro, ainda no primeiro turno, foi justamente quando Ceni promovia cinco substituições praticamente fixas a cada jogo. Rezende, De Pena, Ademir, Biel e Estupiñán entravam e conseguiam manter ou até melhorar o nível das apresentações do time titular, mesmo com a mudança de estilo, com mais velocidade, imposição física e presença de área.Por diversos motivos, o Bahia perdeu a opção de alguns desses suplentes por muitas rodadas. Hoje, com exceção de Rezende, lesionado, e Óscar, no México, todos estão disponíveis. Há ainda mais variação e os nomes já são diferentes. Além do bom momento de Lucho, Ratão também vem mantendo bom nível por bom tempo. Biel e Ademir, recuperados, trazem boas perspectivas para a reta final. Começando os jogos ou não, espero que sigam decidindo nessa reta final do Brasileiro.