Mãe fala sobre trabalho da filha: “Era firme com os agressores”

A mãe da delegada Patricia Neves Jackes Aires, de 39 anos, Maria Jackes, contou como a sua filha atuava na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher, em Santo Antônio de Jesus, no interior da Bahia. A delegada foi vítima de feminicídio e o seu corpo foi encontrado às margens da BR-324, na cidade de São Sebastião do Passé, no domingo, 11.Leia mais:>> Prisão preventiva: suspeito de matar delegada irá para presídio>> “Queria matar a mim e meu marido”, diz mãe de delegada sobre genroSegundo Maria, em entrevista à Record, Patrícia era firme com os homens autores de agressão contra as mulheres. “Vi ela ser firme, quando chegava homem que agredia as mulheres. Ela falava com ele e mostrava a lei e dizia o que era verdade, que ele ia ser preso. Muitos perguntavam, porque eram, leigos, não sabiam do conteúdo da Maria da Penha. Eu acho que isso é uma coisa que os homens têm que saber, que precisa se propagar, tem que sair mais em mídia. A Maria da Penha não só é um homem batendo na mulher, a Maria da Penha é tirar a dignidade da mulher, é ofender a mulher”, disse.Maria Jackes se diz convencida de que foi companheiro da filha o autor do crime, além de afirmar que ele atuava como falso médico.CasoPatricia Jackes foi encontrada morta na manhã de domingo, 11, na rodovia BR-324, em trecho próximo ao município de São Sebastião do Passé, no banco de carona.A primeira versão, contada pela companheira da vítima, Tancredo Neves Feliciano de Arruda, era de que os dois haviam sido sequestrados. No entanto, contradições em seu depoimento levantaram a suspeitas e ele acabou sendo autuado em flagrante pelo crime de feminicídio.
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