Livia Maria de Souza Torres, Yuri Souza Torres de Oliveira e o psicólogo Marcos Vinicius dos Santos: resultados positivos toda semana
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Kadidja Fernandes/AT
Mais liberdade e felicidadeA cozinheira Livia Maria de Souza Torres, de 42 anos, contou que seu filho Yuri Souza Torres de Oliveira, de 4 anos e que tem Transtorno do Espectro Autista (TEA), já fez terapias no Hospital Evangélico de Vila Velha (HEVV) e que semanalmente ela vê resultados positivos relacionados à coordenação motora e à fala do pequeno. Em relação ao Centro Especializado em Transtorno do Espectro Autista (Cetea), disse estar com boas expectativas. “Espero que só venha a somar para todas as crianças com TEA, e que com as terapias as crianças tenham mais inclusão e ela sejam mais livres e felizes”, disse, afirmando que levará Yuri ao espaço, que tem o psicólogo Marcos Vinicius dos Santos como coordenador.
SAIBA MAISCeteaAtenderá tanto crianças quanto adolescentes e adultos com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A expectativa é que sejam realizados cerca de 12 mil atendimentos mensalmente. Conta com 30 consultórios individuais e dois para atendimento em grupo, além de uma recepção ampla e adaptada. O local terá funcionamento de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h.Quem tem direito ao Cetea?De acordo com Melina Ferreira Ferrari, diretora-geral do Hospital Evangélico de Vila Velha (HEVV), os atendimentos serão dedicados aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) que possuem o diagnóstico laudado por um neurologista ou psiquiatra.Para ter acesso ao serviço, é necessário seguir o seguinte fluxo: ir até uma unidade básica de saúde e, a partir daí, a família será encaminhada para atendimento em um dos hospitais estaduais do SUS de referência para atendimento com um neurologista/psiquiatra.Após a confirmação do diagnóstico e indicação das terapias pelo especialista, o paciente será encaminhado para regulação de vagas da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) para que possam receber o atendimento no Cetea.Fonte: Melina Ferreira, diretora do HEVV. TerapiasSerão oferecidas diversas terapias com uma equipe multidisciplinar completa. Esta é composta por psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, musicoterapeutas, arteterapeutas, psicopedagogos e terapeutas ocupacionais. Haverá ainda a terapia assistida por animais, que é o “cãoterapeuta”. Há ainda um jardim sensorial e, além disso, o serviço conta com a atuação de assistentes sociais que junto da equipe mutidisciplinar vão realizar grupos terapêuticos para os pais, com oficinas e orientações.Cuidado estendidoDe acordo com Melina Ferreira Ferrari, diretora-geral do Hospital Evangélico de Vila Velha (HEVV), no Cetea será estendido o cuidado aos familiares ou cuidadores dos pacientes, que também são elo importante para a evolução do tratamento.“Inclusive, vamos oferecer o serviço da Casa de Acolhimento para os pacientes que moram no interior do Espírito Santo. A Casa de Acolhimento é um espaço cedido pelo HEVV em que a família poderá pernoitar para dar prosseguimento ao tratamento”, disse Melina. ImportânciaPara Marcos Vinicius dos Santos, psicólogo e coordenador do Cetea, o espaço é um pilar de apoio que transforma vidas, promovendo um ambiente mais acolhedor e inclusivo para pessoas com TEA e suas famílias. “Oferecemos suporte especializado e recursos essenciais para trabalhar as questões de desenvolvimento e habilidades sociais dos nossos pacientes, ensinando a desenvolverem a sua capacidade de lidar com as emoções e rotinas básicas, proporcionando assim autonomia e qualidade de vida”, afirmou Marcos. Transtorno do Espectro Autista (TEA)Segundo o Ministério da Saúde, é um problema no desenvolvimento neurológico que prejudica a organização de pensamentos, sentimentos e emoções.Dentre as características, têm-se a dificuldade de comunicação por falta de domínio da linguagem e do uso da imaginação, comportamento limitado e repetitivo e a dificuldade de socialização. O órgão de saúde Centers for Disease Control and Prevention (CDC) apontou que uma a cada 36 crianças são autistas, levando em consideração dados dos Estados Unidos. Fonte: Melina Ferreira Ferrari e Marcos Vinicius dos Santos, do HEVV, e pesquisa AT.