Ex-funcionário da VoePass denuncia uso de palito em sistema de avião

O comandante Ruy Guardiola, ex-funcionário da empresa aérea VoePass, antiga Passaredo e um dos primeiros pilotos do modelo de aeronave ATR no Brasil disse que quando trabalhava para a empresa, a equipe realizava diversos ‘armengues’ para o funcionamento do avião, dentre eles foi o uso de um palito de fósforo para resolver um problema no botão que aciona o sistema antigelo.Veja também:>>>Dados de caixas-pretas de avião que caiu em SP são extraídos com êxito>>>Pré-candidata a vereadora está entre vítimas de queda de aviãoUma das hipóteses para a queda do avião é uma falha no sistema de anticongelamento. O acidente matou 62 pessoas, na última sexta-feira, 9, em Vinhedo, no Paraná. O avião caiu em um condomínio residencial na região, mas ninguém ficou ferido.Em entrevista ao Fantástico, Guardiola afirmou que o caso de uso do palito teria acontecido em 2019, quando Guardiola trabalhou por um mês na Voepass. A empresa aérea é a mais antiga em operação no país e é especializada em voos regionais.>>>Voepass é notificada pelo Ministério da Justiça após queda de avião>>>Descubra as principais causas de acidentes aéreos no mundoDe acordo com Guardiola, na época tinha sido detectado um problema, que não foi detalhado qual, no nível de aquecimento de um dos sistemas. A solução encontrada foi colocar um palito de fósforo, ou “palito de dente” no local. “Eu vi com esses olhos que a terra há de comer”, contou o piloto.Além disso, outro ex-funcionário, que também concedeu entrevista ao Fantástico, mas não quis ser identificado, disse que na companhia de aviação conhecida como “Maria da Fé”, por causa da precariedade de sua situação.Ele informou ao programa da emissora que a empresa visava somente o lucro, e colocava a segurança dos tripulantes e passageiros em segundo plano. O ex-funcionário ainda ressaltou que não havia outra explicação para a aeronave em questão estar funcionando.Alguns especialistas em aviação ouvidos pelo programa disseram que uma das hipóteses é que os pilotos da VoePass não perceberam o acúmulo de gelo nas asas do avião turboélice modelo ATR-72-500. Assim, continuaram voando na mesma altitude até perderem sustentação.Outra teoria é que eles teriam percebido o acúmulo de gelo, mas as medidas adotadas não resolveram o problema, e, com isso, a aeronave perdeu a sustentação. Maria de Fátima Albuquerque, mãe da médica residente em oncologia do Hospital do Câncer de Cascavel, Arianne Albuquerque Risso, disse em rede nacional, que o acidente não foi uma fatalidade, que a empresa é responsável pelas mortes, além de não ter como uma “lata velha” estar rodando com passageiros.Desastre aéreo em SPUm avião modelo ATR-72, da Companhia Aérea VoePass, antiga Passaredo, caiu no início da tarde da última sexta-feira, 9, com 62 pessoas a bordo. O acidente aconteceu na cidade de Vinhedo, no interior de São Paulo. Não houve sobreviventes.O avião caiu na área de uma condomínio residencial, no entanto não atingiu nenhuma residência.Estavam na aeronave 4 tripulantes e 58 passageiros no momento do acidente.O avião, de matrícula PS-VPB, fazia o voo 2Z2283 e decolou às 11h58 de Cascavel, segundo o aplicativo FlightRadar24. A chegada em Guarulhos estava prevista para 13h50.O aplicativo mostra que, ao passar por Vinhedo, quando iniciava o procedimento de pouso, o avião teve uma queda brusca e caiu em parafuso.
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