Mossoró: somente Allyson e Lawrence não citam gratuidade no transporte

Dos cinco candidatos à Prefeitura de Mossoró, apenas dois não tratam de alguma forma de gratuidade no transporte público em seus programas de governo: o atual prefeito, Allyson Bezerra (UNIÃO), e Lawrence Amorim (PSDB). A defesa mais incisiva do passe livre está no programa de Victor Hugo (UP).

O programa de governo de Allyson Bezerra possui 11 eixos que abordam diferentes temas, segundo o documento submetido à Justiça Eleitoral. A citação ao ônibus surge no eixo de “ordem pública”, em que fala de “ampliação das linhas de transporte público, de acordo com as demandas dos bairros”, mas não cita outra proposta relacionada ou nem de tarifa zero.

Já Lawrence aborda o transporte em dois temas: no eixo de “Infraestrutura, transporte e mobilidade urbana” e “Gestão orçamentária”. 

No primeiro, defende a melhoria da “oferta do serviço de transporte coletivo na zona urbana e rural, ampliando as linhas e reestruturando as paradas de ônibus existentes e construindo novas estruturas nos bairros”, além de “garantir um novo modelo de mobilidade urbana e rural centrado na qualificação do transporte coletivo de massa, priorizando a acessibilidade e mobilidade das pessoas”.

Já no segundo, propõe “elaborar nova Lei de Parcerias Público Privadas (PPP) capaz de potencializar a realização de parcerias estratégicas para a melhora da oferta de serviços à população em transporte público, saneamento, esgotamento sanitário, iluminação pública, segurança pública, entre outros segmentos”, também sem defender algum tipo de gratuidade no transporte de passageiros.

Victor Hugo (UP), de 26 anos, o mais jovem candidato à Prefeitura de Mossoró, por outro lado, traz 10 propostas sobre transporte e faz a defesa enfática do passe livre para os estudantes e desempregados durante toda a semana, incluindo os domingos e feriados. 

O objetivo, segundo o documento, seria garantir o acesso dos estudantes à educação e ao lazer, além de facilitar a vida do trabalhador desempregado na sua busca por emprego. 

“Sem salário, o direito de ir e vir do trabalhador está prejudicado. É necessário permitir a sua movimentação na busca por emprego”, aponta um trecho.

Outras propostas falam da criação de uma empresa pública municipal de transporte e da municipalização daquelas empresas que descumprirem suas obrigações contratuais de atendimento à população. O propósito, segundo o programa, é gradativamente ir criando as condições para a municipalização de todo o transporte coletivo, o que permitirá garantir o livre acesso dos estudantes, desempregados, portadores de necessidades especiais, professores, além de garantir a modicidade do preço da passagem e ampliação dos empregos com melhores salários e mais direitos.

O candidato da UP também aposta, dentre outros pontos, na redução da tarifa de transporte público, garantindo que o gasto com transporte não ultrapasse 5% do salário mínimo.

Candidato do bolsonarismo, Genivan Vale cita a questão no programa temático de mobilidade urbana. O ex-vereador, que agora concorre a prefeito pelo PL, defende a implantação do programa Tarifa Zero no transporte público, viabilizado através de recursos captados por meio de multas de trânsito, assim como a implantação do Sistema Zona Azul de estacionamento no Centro da Cidade e a publicidade (mídia externa) nos transportes públicos.

Irmã Ceição (PRTB), por sua vez, é menos enfática na proposta, mas seu programa de governo traz, no tema da educação, a busca pela “garantia de transporte digno e eficiente e gratuito aos estudantes que se deslocam dos povoados de zona rural para a sede municipal e também no perímetro urbano”.

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