Fumaça no ar: hospitais e unidades de saúde da capital gaúcha apresentam superlotação

As emergências dos hospitais e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Porto Alegre estão sobrecarregadas devido à exposição da população à fumaça das queimadas que atingem diversas regiões do país. A qualidade do ar na capital gaúcha foi classificada como “insalubre” para pessoas com problemas respiratórios, segundo informações da prefeitura.

A coordenadoria de urgências da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) informou que a poluição causada pelas queimadas tem agravado problemas respiratórios, como crises de asma e bronquite, além de aumentar o risco de infartos. Como consequência, a busca por atendimentos emergenciais disparou nas unidades de saúde.

De acordo com o painel de monitoramento da SMS, atualizado nesta sexta-feira, os seis hospitais e quatro UPAs da capital operam bem acima da capacidade. As emergências adultas apresentam uma ocupação de 215,16%, enquanto as pediátricas chegam a 152,33%.

A Secretaria Municipal da Saúde emitiu uma nota informando que a fumaça das queimadas causou um aumento significativo no número de atendimentos. Na UPA Moacyr Scliar, mais de 25% dos pacientes são da Grande Porto Alegre, e nas demais UPAs (Cruzeiro do Sul, Bom Jesus e Lomba do Pinheiro), mais de 15%.

Qualidade do ar prejudicial à saúde

Segundo o observatório suíço de qualidade do ar IQAir, a concentração de partículas no ar de Porto Alegre atingiu 37,6 microgramas por metro cúbico nesta sexta-feira, um número 7,5 vezes superior ao recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O índice classifica o ar como “insalubre para grupos sensíveis”, especialmente para pessoas com histórico de doenças respiratórias.

Embora a situação tenha melhorado em relação aos últimos dias, quando o índice ultrapassou 60 microgramas, a qualidade do ar ainda representa risco à saúde.

Recomendações para proteção à saúde

Para se proteger dos efeitos da fumaça, a prefeitura orienta:

  • Buscar atendimento médico ao apresentar sintomas respiratórios;
  • Aumentar a ingestão de água e líquidos;
  • Evitar permanecer em ambientes abertos;
  • Manter portas e janelas fechadas;
  • Suspender atividades físicas ao ar livre enquanto durar o período crítico.

Pessoas com problemas cardíacos, respiratórios ou imunológicos devem manter os medicamentos de crise à mão e consultar o médico sobre possíveis ajustes no tratamento.

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