Quase 12 anos após o assassinato de Dayara Pereira da Silva, de 20 anos, o pedreiro Geilson de Morais Gois, de 49 anos, foi condenado a 12 anos e 6 meses de prisão em regime fechado. O júri popular aconteceu na manhã desta terça-feira 27, em Mossoró, no Oeste potiguar.
O réu não compareceu ao julgamento e, segundo o Ministério Público, um mandado de prisão deverá ser expedido pela Justiça. Ele mora em São Paulo há mais de 10 anos, conforme informou o advogado de defesa, Sávio José de Oliveira.
Geilson foi denunciado pelo Ministério Público pelos crimes de assassinato e ocultação de cadáver. Segundo o promotor Amando Lúcio, ele não respondeu por feminicídio porque a legislação que tipifica esse crime entrou em vigor após os fatos.
“Era um relacionamento extraconjugal. Inclusive a esposa dele foi ouvida. Segundo ele, o motivo da briga é porque ela ameaçava contar as coisas para a esposa dele. Por conta disso, ele cometeu o assassinato. Isso segundo a versão dele, porque não há nenhuma prova no processo, nesse sentido”, disse o promotor.
De acordo com as informações apresentadas no processo, o crime aconteceu após uma discussão. Geilson afirmou que matou a jovem por asfixia e escondeu o corpo em uma área de mata na zona rural da cidade.
Dayara foi dada como desaparecida no sábado, 24 de agosto de 2013. O corpo da jovem foi encontrado três dias depois, na terça-feira, 27 de agosto.
A defesa de Geilson apresentou uma versão diferente. “Ele já no meio do jogo não quis mais dar o dinheiro. Imbuído pela violenta emoção, acabou cometendo o homicídio”, afirmou o advogado Sávio José de Oliveira, alegando que a vítima era usuária de drogas e começou a extorquir o réu.