“Joguei no lixo”, diz filho que manteve corpo do pai morto em casa

A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga a morte do italiano Dario Antonio Raffaele D’Ottavio, de 88 anos, encontrado em avançado estado de decomposição dentro de sua residência, na Ilha do Governador. O corpo do idoso permaneceu por pelo menos seis meses no imóvel. Dois dos filhos da vítima, Marcelo Marchese D’Ottavio e Tania Conceição Marchese D’Ottavio, foram presos e tiveram a prisão convertida de provisória para preventiva pela Justiça.O caso veio à tona após denúncias de vizinhos, que estranharam o desaparecimento repentino de Dario. Conhecido na região por frequentar um parque onde jogava cartas, o idoso deixou de ser visto, o que levantou suspeitas. Ao ser questionado sobre o paradeiro do pai, Marcelo teria respondido: “Morreu. Joguei no lixo”.CONTEÚDOS RELACIONADOSPF impede voo para Lisboa após cão ser barrado na cabineFilhos são presos no RJ por manterem cadáver do pai em casaJustiça adia audiência dos irmãos Menendez e decisão surpreendeDurante o cumprimento dos mandados de prisão, os irmãos resistiram à abordagem policial e precisaram ser contidos. Segundo o delegado Felipe Santoro, responsável pela investigação, ainda não está claro se o idoso morreu de causas naturais ou se foi vítima de homicídio. Há também a suspeita de que os filhos tenham mantido o corpo escondido para continuar recebendo os benefícios financeiros do pai.Testemunhas relataram à polícia que era comum ouvir discussões intensas dentro da residência, especialmente entre Marcelo e o pai. Dario teria se recusado a entregar o cartão bancário e a senha ao filho, o que gerava frequentes conflitos.Quer ver mais notícias? Acesse nosso canal no WhatsAppO corpo foi localizado em um quarto no quarto andar da casa, com um pano na porta, aparentemente utilizado para tentar conter o mau cheiro. No imóvel, os policiais também encontraram diversos bens novos, que agora serão analisados para verificar se foram adquiridos com recursos da vítima após sua morte.Após a prisão, os irmãos passaram mal e foram encaminhados a uma unidade de saúde. Ambos seguem internados em hospitais psiquiátricos, onde permanecem desde a última sexta-feira (23).Até o momento, Marcelo e Tania respondem pelos crimes de ocultação de cadáver, resistência e lesão corporal. No entanto, a possibilidade de indiciamento por homicídio não está descartada e dependerá do laudo pericial que vai determinar a causa da morte.
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