Wagner Moura vence Cannes, mas fica de fora da premiação

O Brasil – e a Bahia – tiveram motivos de sobra para comemorar no Festival de Cannes 2025. O longa O Agente Secreto, dirigido por Kleber Mendonça Filho, conquistou dois dos principais prêmios da noite: Melhor Direção, para Kleber, e Melhor Ator, para Wagner Moura. A vitória dupla foi celebrada por fãs e críticos como um momento histórico para o cinema brasileiro.Mas um detalhe intrigou o público: Wagner Moura não estava presente para receber o troféu. Nas redes sociais, internautas questionaram o motivo da ausência do astro baiano, especialmente após a calorosa recepção da crítica internacional ao filme.O motivo, no entanto, é prático. Moura está em plena filmagem de seu próximo trabalho internacional, o longa ‘11817’, dirigido por Louis Leterrier (Velozes & Furiosos 10), que está sendo rodado em Londres. Ele chegou a participar da estreia de O Agente Secreto no festival e concedeu entrevistas no tapete vermelho, mas precisou retornar ao Reino Unido antes da cerimônia de premiação.

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Kleber Mendonça Filho subiu ao palco em nome do colega e agradeceu, arrancando aplausos da plateia internacional. Em seu discurso, destacou a importância de Wagner para o projeto e a representação do Brasil no cinema mundial.“Meu país, o Brasil, é um país cheio de beleza e poesia. Estou muito orgulhoso de estar aqui esta noite. Penso que Cannes é simplesmente a catedral do cinema neste planeta”, afirmou o cineasta, que misturou português, francês e inglês no discurso.

Kleber Mendonça Filho em discurso

|  Foto: AFP

Além de Moura, o elenco conta com nomes como Maria Fernanda Cândido, Gabriel Leone, Udo Kier, Hermila Guedes, Isabel Zuaa e Alice Carvalho. A produção ainda conquistou outros prêmios fora da mostra principal: foi eleito o melhor filme pelo júri da Federação Internacional de Críticos de Cinema e recebeu o Prix de Cinéma Art et Essai, oferecido por exibidores independentes da França.Mesmo ausente da cerimônia, Wagner Moura segue consolidando sua trajetória internacional, sem nunca abrir mão de suas raízes. Baiano de Salvador, o ator tem sido um defensor constante da valorização da cultura brasileira e mantém colaborações frequentes com nomes como José Padilha, Kleber Mendonça e Lázaro Ramos, amigo de longa data.

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