Secti lança Ciclo de Conexões para debater pesquisas e aplicabilidades na Bahia

A primeira edição do Ciclo de Conexões, realizado na noite desta quarta-feira, 21, reuniu diversos representantes das universidades e também do setor produtivo da Bahia, para um debate sobre redes de pesquisa e redes empresariais.O evento, organizado pela Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), busca conectar a pesquisa realizada na academia com as necessidades do setor produtivo baiano.Em entrevista ao Portal A TARDE, o titular da Secti, André Joazeiro, falou da importância de colocar em prática toda a pesquisa produzida nas universidades da Bahia.”O desenvolvimento, a partir da ciência e tecnologia, acontece com pesquisa aplicada a casos reais, a desafios concretos da realidade em cada território de identidade do Estado. E essa conexão da academia com o setor produtivo é a forma de identificar o que de fato o setor produtivo precisa de tecnologia, de demanda, para que a gente faça uma pesquisa que seja realmente aproveitável”, declarou Joazeiro.”Isso aumenta a produtividade, aumenta a qualidade de produto, aumenta a diversidade de produto, a partir dessa interação. Cada evento com um nicho, com um setor produtivo, um grupo empresarial, ligado a uma rede de pesquisa específica, que também a gente está fazendo através da FAPESB [Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia]”, acrescentou o secretário.

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A superintendente de Inovação da Secti, Emmeline Oliveira, apontou que o principal objetivo do Ciclo de Conexões é ampliar o diálogo entre a “tripla hélice” da ciência e tecnologia.”Foi uma forma que a gente encontrou de unir a hélice, a tríplice hélice: academia, governo e setor produtivo. O Ciclo de Conexões vai ser alguns encontros durante o ano, onde a gente vai colocar o setor produtivo trazendo as suas dores, seus desafios de mercado, e, na outra ponta, a gente vai trazer pesquisadores, doutores, mestres das nossas universidades estaduais e federais, para trazerem temas de pesquisa para tentar desenvolver soluções para essas dores de mercado”, explicou Emmeline ao Portal A TARDE.

Superintendente de Inovação da Secti, Emmeline Oliveira

|  Foto: Denisse Salazar / Ag. A TARDE

“Com isso, a gente quer melhorar como a gente desenvolve pesquisa dentro das nossas universidades, olhando para a pesquisa com aplicabilidade de mercado, porque hoje a gente ainda tem um certo distanciamento: o que os nossos pesquisadores pesquisam não necessariamente viram soluções para o mercado. Muitas vezes, a gente tem de um outro lado corporações com diversos problemas e questões que poderiam ser desenvolvidas junto com os nossos doutores e mestres. Então, a ideia disso é a gente fazer esse casamento”, complementou a gestora.ObservatórioNesta primeira edição do Ciclo de Conexões, a Secti também aproveitou para lançar o Observatório de CT&I (Ciência, Tecnologia e Inovação), liderado pela superintendente de Desenvolvimento Científico, Isabel Sartori.

Rodrigo Siqueira

|  Foto: Denisse Salazar / Ag. A TARDE

“O Observatório é uma plataforma de acesso aberto que vai integrar todos os dados de CT&I. Com isso, vai ser uma forma da gente ter acesso mais rápido e mais fácil aos pesquisadores, às pesquisas, onde eles estão, o que eles fazem e, com isso, fortalecer essa integração da rede de cooperação, principalmente do sistema produtivo, da iniciativa privada, gestores de governo e as instituições de pesquisa”, relatou Isabel.Duas das instituições que participarão do Observatório são a Universidade Federal da Bahia (UFBA) e a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), que assinaram um convênio com a Secti durante a noite.”Temos uma relação multifacetada com a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação, especialmente, óbvio, pelo fato de Ciência, Tecnologia e Inovação serem elementos do cotidiano da universidade. E é com muita alegria que, nesse momento, estamos assinando mais um acordo, mais um protocolo, que vai permitir tanto a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Informação, como a nossa casa, a Universidade Federal da Bahia, avançarem na produção científica, avançarem na relação entre os três setores, na construção de uma plataforma de bons entendimentos entre o setor de governo, a universidade e o setor produtivo”, comemorou o professor Paulo Miguez, reitor da UFBA.”O resultado disso seguramente é bastante positivo. A universidade se sente bastante contemplada em poder estar participando desse processo”, concluiu o dirigente universitário.

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