Cinco carros de luxo ligados a Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, foram apreendidos pela Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (20), em Brasília. Avaliados em R$ 3,2 milhões, os veículos estavam em uma garagem particular de um prédio na capital federal e foram levados para o complexo da PF. Antunes é apontado como operador de um esquema que teria causado prejuízo bilionário ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
A apreensão ocorreu no âmbito das investigações sobre descontos ilegais aplicados em aposentadorias e pensões. Segundo a PF, Antunes possuía uma frota de mais de 12 veículos de alto padrão e estaria tentando vendê-los.
Os cinco carros apreendidos são:
- BMW Competition
- Land Rover
- BMW M135i
- Porsche 911
- Porsche Panamera
A localização dos veículos foi repassada à Polícia Federal pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF), que mantém um escritório político no prédio onde os automóveis estavam guardados. A parlamentar recebeu uma denúncia anônima e encaminhou a informação aos investigadores, conforme apuração da GloboNews.
A PF informou que, caso haja autorização judicial e se a participação de Antunes nas fraudes for comprovada, os carros poderão ir a leilão. Os valores arrecadados seriam utilizados para ressarcir as vítimas.
Quem é o “Careca do INSS”
Antonio Carlos Camilo Antunes é considerado pela Polícia Federal como um lobista e “facilitador” do esquema que desviou valores de aposentadorias e pensões entre 2019 e 2024. Apenas entre 2023 e 2024, ele teria transferido R$ 9,3 milhões a pessoas ligadas a servidores do INSS.
Segundo o inquérito, associações que ofereciam supostos serviços a aposentados cadastravam beneficiários sem autorização e com assinaturas falsas, para aplicar descontos indevidos nos benefícios pagos pelo INSS. O prejuízo estimado ultrapassa R$ 6,3 bilhões.
Apesar de declarar uma renda mensal de R$ 24,4 mil e ocupar o cargo de “gerente”, Antunes movimentava valores muito superiores, com transferências frequentes e saldo bancário sempre baixo — o que, para os investigadores, indica uma tentativa de dificultar o rastreamento dos recursos.
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