PF prevê criar unidade para coordenar combate ao crime organizado nas regiões de fronteira

Medida faz parte de plano que deve ser anunciado na próxima semana e que inclui ação coordenada de forças policiais e construção de bases. A Polícia Federal deve anunciar nos próximos dias a criação de uma unidade que vai atuar de maneira exclusiva na coordenação das ações de combate ao crime organizado nas regiões de fronteira.
Segundo a Polícia Federal, a Coordenação-Geral de Fronteira (CGFron) ficará responsável por todo o planejamento envolvendo a atuação da PF nas regiões de fronteira, o que inclui desde coleta e análise de informações de inteligência, até a definição do destino de recursos e interlocução com outros órgãos de segurança.
A criação da CGFron faz parte de um plano com medidas para ampliar a vigilância na divisa do Brasil com países da América Latina.
O anúncio do plano foi feito pelo diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, durante entrevista no Ministério da Justiça, na segunda (19). Na oportunidade, ele destacou que o objetivo é reforçar a integração das forças de segurança federais e estaduais no combate aos grupos criminosos e facções.
O lançamento oficial está previsto para a próxima quarta (28), em Foz do Iguaçu (PR), onde ocorrerá uma reunião entre a PF e outros órgãos como a Receita Federal e a Polícia Rodoviária Federal, além das polícias civil e militar do Paraná e do Mato Grosso do Sul.
Fronteira com o Paraguai
É por esses dois estados que o plano começará a ser colocado em prática, de acordo com a Polícia Federal. No Paraná e no Mato Grosso do Sul está a fronteira entre o Brasil e o Paraguai, região com forte presença de organizações criminosas dedicadas a crimes como tráfico de drogas, tráfico de armas e contrabando.
A proposta da Polícia Federal prevê medidas como a criação de novos postos e bases para ampliar a presença nessa parte da fronteira, além de investimentos em equipamentos de comunicação e em aeronaves.
Outra medida é promover a atuação integrada das forças policiais, federais e estaduais, de PR e MS, para que façam o combate conjunto aos criminosos independente de divisas entre os estados.
A PF ainda vai detalhar essa proposta aos demais órgãos policiais que devem participar do plano. O valor estimado de investimento não foi informado.
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